Uma das partes mais importantes do carro em relação à segurança, a suspensão é um sistema que merece especial atenção nas revisões. Uma roda mal posicionada pode gerar um consumo desequilibrado do combustível, comprometendo o bolso para as férias. Além disso, sai muito mais em conta fazer a revisão do que deixar para trocar tudo quando o carro já estiver registrando desgastes. 
Dependendo do modelo, há revisões a cada 10 mil ou 15 mil quilômetros, que giram em torno de R$ 200. Nessas ocasiões, são avaliados outros itens, como óleo do motor e filtros de óleo, ar, combustível e do ar-condicionado. Além disso, são feitos serviços de alinhamento e balanceamento (1) - referentes à suspensão, por aproximadamente R$ 80. Mas para quem não tem o hábito de fazer a manutenção preventiva, o custo pode ser bem maior, já que outros problemas vão se acumulando. A troca de dois amortecedores, por exemplo, sai por R$ 400, incluindo os batentes, a mão de obra e o alinhamento da direção. Para trocar os quatro pneus, a soma chega a R$ 1.500. E não para por aí. Um vazamento de óleo, dependendo de onde for, pode dar ao dono do veículo um prejuízo de até R$ 800. E se o carro chegar para a revisão realmente comprometido, com problemas na suspensão, no motor e nos pneus, o conserto pode chegar a R$ 5 mil. [SAIBAMAIS]Segundo o consultor técnico Luís Lima da Silva, um outro problema é o superaquecimento do motor. "Em grandes metrópoles, com trânsito lento, o motor pode superaquecer se a água do radiador estiver suja. O mínimo que pode acontecer é queimar a junta do cabeçote do motor, que custa R$ 1.600 com mão de obra", explica. No caso da suspensão, cujo check-up deve ser feito a cada 10 mil quilômetros, o professor Alessandro Borges, do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília, alerta: "Você deve checar se a geometria da suspensão está correta, ou seja, levar o carro para fazer um alinhamento, cambagem e verificar o balanceamento das rodas. Isso é o básico". 1 - Oficina especializada Com o sistema de suspensão, o cuidado na escolha da oficina deve ser redobrado. Isso porque é muito fácil enganar o cliente sobre o posicionamento dos pneus, por exemplo, oferecendo um serviço desnecessário. O alinhamento pode estar "fora" em apenas um ou dois graus, o que, na verdade, pode ser regulado só com um parafuso. Por isso, a dica é sempre levar em uma segunda oficina ou em algum lugar de confiança. Ouça entrevista com o professor Alessandro Borges, do departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Brasília (UnB), e confira algumas dicas sobre o sistema. » Alinhamento É a direção da roda em relação ao carro, e tem relação com a a condução. "Se não estiver alinhado, o carro pode ter problemas de estabilidade, como puxar para um lado e desviar da trajetória", explica Borges. Quando as rodas não estão alinhadas ao veículo, começa a acontecer um atrito maior do que o normal, o que provoca desgaste dos pneu, aumentando o consumo do combustível. » Cambagem É a inclinação da roda em relação ao eixo vertical. "Se ela for excessiva, ao andar em linha reta, o pneu vai consumir a parte interna e provocar um desgaste prematuro", expõe o professor. » Balanceamento Aqui, os indícios de problemas podem ser percebidos pelo próprio motorista enquanto dirige. "Se a roda tiver mais massa concentrada em algum ponto, o pneu vai ficar vibrando, então você percebe essa vibração na direção", alerta Borges. Mas o prejuízo vai além do conforto no volante, pois a vibração da roda afeta o amortecedor e leva o pneu a consumir irregularmente. » Amortecedores Apesar de a vida útil dos amortecedores estar preconizada no manual do veículo, ela acaba tendo grande relação com o piso em que o motorista trafega. Se for em solos acidentados, a duração do componente é reduzida. Daí a necessidade de acompanhar a qualidade do sistema. Se, ao passar por um quebra-mola, o carro continuar balançando, cheque o estado dos amortecedores. Antes de viajar, é importante conferir a eficiência dos amortecedores, sobretudo após 30 ou 40 mil quilômetros. Suspensão O que é Sistema muito relacionado à segurança do condutor e dos passageiros, sobretudo devido ao estado dos amortecedores e ao posicionamento dos pneus em relação à estrutura do carro. Garante a estabilidade do veículo. Amortecedor Amortece o impacto e dá estabilidade ao carro. Se estiver ruim, o carro %u201Cquica%u201D. Deve ser trocado depois de o veículo percorrer 60 mil km ou de três em três anos. Balança Une a manga de eixo ao quadro da suspensão. Também influi no amortecimento de impactos e na estabilidade do carro. Troca a cada 40 mil km. Buchas São o complemento da suspensão de balança. Nem todo carro aceita troca das buchas (é preciso trocar a balança toda). Quando desgastadas, dão folga na suspensão. O motorista sente o volante %u201Cestalar%u201D. Troca de dois em dois anos. Pivô É um complemento da balança fixado na manga de eixo. Dá mobilidade à balança. Deve ser trocado depois de 60 mil km ou a cada três anos. Barra estabilizadora É um complemento da suspensão para dar maior estabilidade. Nem todo carro possui. Só é trocada em caso de colisão. Quadro do motor Suporte onde é apoiada e fixa toda a suspensão. É o que dá o gabarito ao chassi do carro. Só é trocado se sofrer colisão grave. Bieleta ou Tirante Vai na ponta da barra estabilizadora e serve para estabilizá-la. Deve ser revisada uma vez por ano. Barra axial Liga a caixa de direção ao terminal. Faz o %u201Cjogo%u201D da direção. A peça é semelhante à rótula do joelho. Quando estragada, a direção trepida e o balanceamento do carro fica comprometido. Troca de dois em dois anos. Terminal Fica ligado à barra axial. Dá o %u201Cmolejo%u201D da direção. Tem função semelhante à do pivô. Manga de eixo Ligada ao pivô, recebe o rolamento da roda dianteira. Dificilmente precisa ser trocada. O que a estraga é a falta de manutenção. Coxim e batentes São complementos que apoiam o amortecedor. Com o tempo, folgam, ressecam e trincam. Precisam ser verificados anualmente. Ponta homocinética Liga a manga de eixo à carcaça de câmbio. Distribui a função de tração e rotação. É o que faz a roda girar. Quando estragada, o carro não anda. Sua vida útil depende da coifa. Deve ser revisada anualmente.