postado em 07/12/2009 11:25
A recuperação da indústria brasileira, setor mais atingido pela crise econômica mundial, ocorre de forma sustentável, avalia pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em outubro, os quatro indicadores que medem o desempenho da indústria, segundo a CNI, registraram crescimento dessazonalizado (condição de tempo) ante setembro. As horas trabalhadas, por exemplo, que havia sido o indicador que menos se expandira desde meados do ano, cresceu 3% em relação a setembro, mostrando um crescimento dessazonalizado ante igual mês de setembro de 1,4%. Na comparação entre outubro deste ano e outubro do ano passado, porém, o indicador ainda é o que ostenta a maior queda nos números apresentados pela CNI: tombo de 8,6%.
[SAIBAMAIS]Também foram importantes, segundo o relatório, as altas do emprego (0,6%) e do faturamento real (descontando a inflação), de 1,8% em outubro frente a setembro, no dado com ajuste sazonal. Apenas a massa salarial real, que corresponde aos redimentos pagos aos trabalhadores da indústria, depois de descontada a inflação, ficou inalterada em outubro, em dado dessazonalizado. No dado sem ajuste, porém, houve crescimento de 1,7%.
Capacidade instalada
Também em trajetória forte de recuperação, seguiu o indicador que mede a produtividade da indústria brasleira. Em outubro, a utilização da capacidade instalada marcou 82,5%, contra 81,7% registrado em setembro. O indicador ainda está dois pontos percentuais abaixo do que registrara em outubro de 2008, quando a indústria já começava a sentir o primeiro baque da crise.
O relatória da CNI explica que no décimo mês do ano a indústria operou em média com 80,5% da capacidade instalada, no dado com ajuste, o que representa o aumento de 0,4 ponto percentual na comparação com setembro. Por isso, reflete a CNI, "o crescimento da utilização da capacidade instalada ocorre de forma gradual afastando pressões de oferta (risco de inflação) no médio prazo".