Economia

China foi a saída para exportações brasileiras durante a crise, diz presidente da Apex-Brasil

postado em 14/12/2009 15:58
As exportadoras brasileiras mudaram sua estratégia ao londo de 2009 para evitar maiores perdas e enfrentar melhor os efeitos da crise internacional. Para isso, direcionaram suas vendas para a China.

[SAIBAMAIS]A informação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira. Segundo ele, vários setores vinham apostando fortemente no mercado japonês, mas perceberam que haveria um forte desaquecimento da economia do Japão e mudaram o rumo de sua estratégia.

;No ano passado, avaliou-se que haveria uma queda expressiva no PIB [Produto Interno Bruto] do Japão e orientamos as empresas a focar em outros mercados, como a China;, disse Alessandro.

A Apex-Brasil apoia 74 setores da economia que envolvem 9.400 empresas. Segundo ele, a estratégia de enfrentamento da crise foi aumentar a visibilidade do produto brasileiro. Para isso, a Apex realizou um estudo de todo o segmento de moda na Ásia, de joias a roupas e identificou 40 cidades chinesas que poderiam ser atraentes para os produtos brasileiros.

Para Teixeira, o mercado chinês não ameaça as vendas externas do Brasil. ;A China vai ser um parceiro mais estrutural do comércio brasileiro e não apenas um esforço no momento da crise. O mercado chinês é uma oportunidade, não uma ameaça para as exportações brasileiras.;

Ele informou que as exportações de projetos apoiados pela Apex-Brasil caíram, neste ano, 7,7%, bem menos do que a redução de 23,4% das exportações brasileiras como um todo, tendo como base de comparação produtos manufaturados e semimanufaturados (industrializados).

Segundo ele, as exportações totais do Brasil devem fechar 2009 em US$ 155 bilhões e devem voltar a crescer no ano que vem por conta da retomada do consumo mundial.

Neste ano, a Apex-Brasil participou de 842 eventos para promover as exportações e atrair investimentos para o Brasil. A agência, conforme Teixeira, está com um trabalho regionalizado para ajudar os estados na atração de investimentos estrangeiros. Com apoio do Banco Mundial, já há projetos-piloto em Pernambuco, na Bahia, no Pará e em Minas Gerais. Ao todo, a Apex vem monitorando 357 projetos de investimentos no Brasil.

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