[SAIBAMAIS]No fim de novembro, o vice-presidente de políticas públicas de uma associação global de telefonia móvel, Ricardo Tavares, já tinha afirmado que o papel do governo no processo de universalização do acesso à internet banda larga era promover a infraestrutura. Para ele, a ideia de criar uma nova estatal para concorrer com o setor privado, como vem sendo cogitado pelo governo, só iria afastar os investimentos e não conseguiria levar a rede mundial de computadores às cidades menores e mais pobres.
Félix traça três quadros atuais no fornecimento de internet no Brasil. Segundo ele, existem lugares onde o mercado já está cheio e há interesse privado em investir, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. ;Nesses locais, um centavo sequer [de dinheiro governamental] seria um desperdício de recursos públicos.;
Há ainda, de acordo o presidente da NET, regiões do país onde existe oferta do serviço, mas o mercado está monopolizado por apenas uma empresa. Nesse caso, acrescentou, precisaria haver incetivos para novos entrantes, de modo a promover a competição. Já em locais como a Região Norte, onde a infraestrutura é cara e há pouco interesse comercial das empresas privadas, o governo deve usar incentivos fiscais e oferta de infraestrutura para atrair investidores do setor.
De acordo com números da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o mercado de banda larga móvel e celulares cresceu 20% em outubro. Esse forte aumento da demanda tem deixado preocupado o presidente da agência, Ronaldo Sardemberg. No mês passado, ele disse que tem procurado soluções para que o país não passe por um ;caladão;, ou seja, uma paralisação nos serviços de telefonia.