postado em 15/12/2009 18:23
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta terça-feira (15/12), que está otimista quanto a um crescimento forte da economia nacional no ano que vem. A reativação econômica será sustentada, segundo ele, pelo mercado interno, que respondeu bem neste ano de crise financeira internacional e continua em ascensão.[SAIBAMAIS]Ele disse também que haverá melhora no volume de exportações brasileiras, mas estima que não deve ser uma recuperação muito forte, uma vez que alguns dos grandes mercados compradores ainda sentem efeitos da crise financeira iniciada em setembro do ano passado. Além disso, ;essa questão é difícil de resolver, porque não depende de nós;.
O ministro lembrou, contudo, que está mais confiante no fortalecimento do mercado interno, que responde por 87% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, ao passo que as exportações representam só 13% do PIB. Ele reafirmou sua crença no ;forte crescimento da economia doméstica;, porque tem conversado com empresários que se dizem motivados a investir, independente de 2010 ser uma ano eleitoral.
Miguel Jorge disse que de modo geral o empresariado brasileiro ;não vê risco; nas candidaturas mais em evidência para a Presidência da República, nos casos de José Serra (PSDB) e de Dilma Rousseff (PT). De acordo com ele, essas candidaturas ;não afetarão o processo de retomada dos investimentos em 2010;.
Ele adverte, porém, para o risco de outro gargalo que pode gerar dificuldades para o crescimento econômico do país no médio prazo, que é a falta de mão de obra especializada. Por isso, alerta para a necessidade de maiores investimentos em educação e na ampliação da oferta de cursos técnicos.
Perguntado sobre a ameaça de setores da siderurgia de um possível reajuste de 15% no preço do aço, no início de 2010, o ministro afirmou que um aumento nessa proporção ;não se justifica;. E que, se a alta se efetivar, no nível apregoado, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) poderá aprovar uma redução na alíquota do imposto de importação, e assegurou: ;Qualquer reajuste neste momento não tem justificativa;.