Agência France-Presse
postado em 16/12/2009 12:51
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, foi declarado nesta quarta-feira (16/12) a personalidade do ano 2009 pela revista Time, pela forma com que administrou as medidas em meio à pior crise financeira desde a Grande Depressão dos anos 30.
[SAIBAMAIS]Bernanke, 55 anos, foi escolhido pela Time entre um grupo de finalistas que incluía o presidente Barack Obama ("homem do ano 2008"), o presidente da Apple, Steve Jobs, e a presidente da Câmara de Representantes americano, Nancy Pelosi.
Obama enfatizou em junho o trabalho excepcional de Bernanke, de 55 anos, que fez o Fed entrar num processo de intervenções sem precedentes para apoiar a economia, convicto de que a crise de 1929 foi amplificada pelos erros do banco central da época.
A comissão bancária do Senado americano deve se pronunciar nesta quinta-feira sobre uma nova nomeação de Bernanke ao comando do Fed.
Bernanke teve a duvidosa felicidade de assumir o comando do Fed em fevereiro de 2006, depois de 18 anos de presidência de Alan Greenspan, então no auge da glória. Mas sua gestão o levou rapidamente a revisar o legado do "oráculo de Wall Street" para salvar a maior economia mundial.
Sob a direção deste homem discreto, o Fed colocou em prática uma estratégia de resgate das instituições financeiras e de reativação monetária sem precedentes desde sua criação em 1913.
Doutor em Economia pelo prestigioso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Bernanke foi professor por muitos anos na igualmente famosa Universidade de Princeton, onde dirigiu o departamento de Economia de 1996 a 2002.
Nomeado para trabalhar no Fed, em 2002, abandonou o posto em 2005 para presidir o grupo de assessores econômicos do presidente George W. Bush, que mais tarde o nomeou para a presidência do banco central para um mandato de quatro anos.
Filho de um farmacêutico e de uma professora, cresceu em Dillon, pequena cidade da Carolina do Sul, Bernanke recebeu o apelido de "Ben, o helicóptero" depois de um discurso em 2002, pouco depois de entrar para o conselho de presidentes do Fed.