postado em 22/12/2009 12:34
O principal risco para a inflação advém da intensidade com que se dará a recuperação da atividade econômica, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta terça-feira (22/12) pelo Banco Central (BC).
O risco é de que as condições de oferta não consigam responder plenamente no caso de um crescimento mais acentuado da demanda. Os riscos se tornam mais elevados à medida que se considera que a inflação corrente já se situa em valores ao redor da meta, limitando a margem de acomodação da política monetária (definição da taxa básica de juros, a Selic).
Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso é utilizada a taxa básica de juros, a Selic. Quando considera que a economia está muito aquecida e a inflação em alta, o BC eleva os juros básicos. Atualmente, a Selic está em 8,75% ao ano.
A meta de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para 2009 e os próximos dois anos é de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No relatório, o BC acrescenta que a economia "ainda sentirá as influências de importantes estímulos de política econômica" dados pelo governo.