Economia

Seguro-desemprego será reajustado em 9,68% em janeiro

postado em 29/12/2009 07:59
A partir de 1º de janeiro, o valor do benefício do seguro-desemprego será reajustado em 9,68%. A decisão é do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), que definiu a base de cálculo de correção do benefício. O aumento tem relação com o reajuste do salário mínimo, que subirá de R$ 465 para R$ 510 (leia mais nesta página) no mesmo período. A previsão é de que haja um impacto de mais R$ 1,58 bilhão nas parcelas do seguro. Os reajustes serão aplicados conforme três parâmetros. Quando a média dos três últimos salários anteriores à dispensa for de até R$ 841,88, o valor da parcela será o resultado da multiplicação pelo fator 0,8, ou seja, 80% do valor da remuneração. Quando a média dos três últimos salários for entre R$ 841,89 e R$ 1.403,28, o valor será o resultado da multiplicação pelo fator 0,5, somado a R$ 673,51. Se a média que exceder a R$ 1.403, o valor da parcela será, invariavelmente, de R$ 954,21. A previsão é de que 6,2 milhões de brasileiros recebam o seguro-desemprego em 2010, o que poderá totalizar R$ 17,9 bilhões em parcelas. Há ainda a previsão de R$ 727,6 milhões de incremento no abono salarial, considerando a projeção de pagamento de benefícios no calendário 2009/2010. No total, esses valores corresponderão a um adicional de R$ 2,312 bilhões na economia. "Esses reajustes representam aumento do seu poder aquisitivo e, consequentemente, aceleram nossa economia e nosso desenvolvimento", disse o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Recorde No primeiro semestre deste ano, o benefício foi concedido a 4,1 milhões de trabalhadores, o que representou um desembolso recorde de R$ 10,28 bilhões no governo Lula e o aumento de 40% na comparação com igual período de 2008, quando foram gastos R$ 7,33 bilhões. Nos primeiros seis meses do ano, o fluxo de receitas e despesas do FAT foi 70% inferior ao registrado em 2008, baixando de R$ 5,69 bilhões para R$ 1,7 bilhão em função do corte de postos de trabalho no auge da crise mundial.

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