Economia

Calote cai em 2009 mesmo com crise

postado em 07/01/2010 08:21
Apesar da crise econômica instalada em 2009, o ano foi de menos calotes para o comércio. Comparado a 2008, a queda da inadimplência atingiu 14,9%. Na mesma base de comparação, cresceu em 3,87% a quantidade de pessoas que regularizaram débitos perante o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e recuperaram a capacidade de fazer financiamentos. Para os lojistas, o recuo na inadimplência é reflexo da expansão da renda no decorrer do ano, da ampliação de postos de trabalho e de crédito mais barato. Se, por um lado, o consumidor receoso de perder o emprego procurou financiamentos menores e mais baratos para conseguir honrá-los, por outro, os lojistas endureceram a concessão de crédito e passaram a analisar as informações dos clientes com lupa. Além das precauções em ambas as pontas do consumo, a sustentação da economia doméstica também fez com que o brasileiro não perdesse a capacidade de quitar as dívidas. "Temos mais emprego e muito mais renda no país, mesmo com a crise. E temos um maior volume de crédito no Brasil. Mais de um milhão de empregos com carteira assinada foram criados em 2009. Também houve redução de tributos. Com isso, tivemos menos inadimplência", explicou o presidente do SPC Brasil, Roberto Alfeu Pena Gomes, que ainda se referiu à expansão da renda do trabalhador, ampliada em 2,2% no ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para justificar o recuo nos calotes. Os bons indicadores da economia impulsionaram ainda as consultas ao banco de dados do SPC, estatística muito atrelada às vendas e que cresceu 3,07% em 2009. Ouça áudio: Roberto Alfeu Pena Gomes, presidente do SPC Brasil

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