BRUXELAS - A líder mundial do setor de cerveja Anheuser-Busch InBev planeja suprimir 10% da mão de obra na Europa Ocidental, ou seja, 800 dos 8.000 funcionários, anunciou uma porta-voz do grupo.
A AB InBev surgiu em novembro do ano passado após a fusão da americana Anheuser-Busch com a belgo-brasileira InBev.
"Em consequência da tendência geral de queda do mercado de cerveja nesta região do mundo, planejamos, sobretudo na Bélgica, Alemanha, Reino Unido, Holanda e Luxemburgo, reduzir os funcionários de grosso modo em 10%, sobre um total de 8.000", declarou a porta-voz Karen Couck.
Outros países nos quais a InBev está implantada, como a França, serão afetados marginalmente. Na Espanha e Itália não acontecerão demissões, de acordo com Couck.
Em nota, a empresa com sede em Louvain (centro) anunciou, no entanto, que planejava reduzir 263 dos 2.700 empregos na Bélgica - o que provocou reações de ira entre os trabalhadores. Na fábrica de Jupille (leste) dez funcionários da direção foram feitos reféns de forma temporária pelos sindicatos, que exigiam uma reunião com a direção geral do grupo.
Embora os funcionários tivessem sido liberados na madrugada desta sexta-feira, os operários tomaram a fábrica na qual é produzida a Jupiler - uma das cervejas mais populares da Bélgica, informou à AFP o sindicalista Denis Gobert.
A AB InBev também manifestou "intenção" de suprimir a única unidade de produção, em Luxemburgo, da cerveja Diekirch.