Economia

Preço do álcool e da gasolina sobe a partir de hoje

postado em 11/01/2010 08:28
O preço dos combustíveis nos postos do Distrito Federal vai aumentar de novo a partir desta segunda-feira (11/01). O presidente da Rede Gasol, Antônio Matias, informou que o litro do álcool passará de R$ 2,10 para R$ 2,23, e o da gasolina, de R$ 2,74 para R$ 2,78. A Gasol controla um terço do mercado e influencia na tabela das demais redes. Existem cerca de 300 postos no DF. [SAIBAMAIS]Segundo Matias, até amanhã, o reajuste estará nas bombas de todos os postos da rede. "O que ainda tivermos do estoque antigo será vendido pelo valor anterior", esclareceu. O aumento representa um reajuste de 6,19% no litro do álcool, e de 1,45% no da gasolina. O etanol já havia aumentado R$ 0,11 na primeira semana do ano. "Esse preço está completamente fora da realidade. Se continuar assim, o álcool passará a custar o mesmo que a gasolina", comentou Matias. Para justificar o novo aumento, o empresário reforçou o teor de uma nota divulgada à imprensa no fim de semana pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e de Lubrificantes (Sinpetro-DF). No texto, o presidente da entidade, José Carlos Ulhôa, informa que a BR Distribuidora repassou aos postos, desde o último sábado, R$ 0,04 de aumento no preço do litro da gasolina. No caso do álcool, completou Matias, esse repasse foi de R$ 0,13. De acordo com a nota oficial do sindicato, a BR Distribuidora - que abastece a maioria dos postos do DF - credita o aumento à majoração de 11,04% do álcool anidro que é misturado à gasolina. Ulhôa voltou a culpar o governo federal pela "falta de uma política para o etanol" e adiantou que, se nada for feito, o mercado e os consumidores continuarão sendo surpreendidos por "oscilações de preços injustificáveis". Na avaliação do presidente do Sinpetro-DF, os novos preços cobrados pela BR Distribuidora são reflexo da possibilidade de a proporção de etanol adicionado à gasolina cair de 25% para 20%, como pretende o governo. "As distribuidoras estão se adiantando. Quando diminui esse percentual, o custo aumenta, porque a gasolina é mais cara", observou Ulhôa. Mais do que nunca, o país sofre o grave risco de ficar sem abastecimento de álcool, completou.

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