Agência France-Presse
postado em 12/01/2010 18:50
O governo argentino pagará a dívida externa em 2010, de 13 bilhões de dólares, apesar da crise com o presidente do Banco Central, que se negar usar as reservas para saldar parte dos compromissos, assegurou nesta terça-feira o chefe do gabinete, Aníbal Fernández.
"A dívida será paga em 2010, independente do estado em que se encontra o julgamento" (que envolve o governo, o titular do BC, Martín Redrado, e legisladores opositores, afirmou Fernández.
Redrado, que ocupa o cargo desde 2004, se amparou na justiça ante a decisão da presidente Cristina Kirchner de destitui-lo por se negar a tranferir 6,569 bilhões de dólares das reservas para formar um fundo destinado a pagar parte da dívida externa.
Redrado foi confirmado no cargo na segunda-feira por uma nova sentença. A magistrada María José Sarmiento transformou em recurso ordinário uma medida cautelar sobre a proposta do uso de reservas para a formação do fundo da dívida. A sentença amplia os prazos para a apresentação de recursos.
A mesma juíza havia devolvido Redrado ao cargo na sexta-feira, depois de a presidente Cristina Kirchner tê-lo destituído por presumível "mal desempenho da função pública". Esta decisão motivou uma apelação pela governo sábado, mas a nova sentença dispõe sobre a continuidade de Redrado no cargo até o julgamento do mérito.