postado em 22/01/2010 17:17
A União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) negou que o pedido feito à Câmara de Comércio Exterior (Camex) de redução ou eliminação da tarifa de importação de etanol tenha a ver com os preços adotados atualmente no mercado interno. [SAIBAMAIS]No fim do ano passado, a Unica sugeriu que a tarifa de 20% cobrada sobre o etanol importado no Brasil seja suspensa, como forma de estimular a receptividade de outros países à compra do produto brasileiro. A cobrança da tarifa tem sido usada como justificativa ; principalmente dos Estados Unidos ; para também manter suas medidas protecionistas.
Diante da alta de preços do etanol ; em Brasília, por exemplo, o litro do álcool combustível já é vendido a R$ 2,20 ; a Unica procurou esclarecer que o pedido está relacionado a uma demanda antiga dos produtores e não à possível falta do produto no mercado.
;A Unica entende que o livre comércio deve ocorrer em todos os sentidos. Por isso, o Brasil, como maior produtor de etanol de cana e maior exportador de etanol do mundo, com 60% do mercado global, deve dar o exemplo e eliminar barreiras, o que o credencia para pleitear medidas similares por parte de países que hoje mantêm mercados protegidos;, diz a entidade, em nota à imprensa.
A expectativa é que a medida seja aprovada em fevereiro, o que influenciaria as importações a partir de abril. Nesse caso, o Brasil já estaria colhendo a safra 2010/2011 de cana-de-açúcar, e o problema com os preços atuais, superado. No ano passado, os principais países dos quais o Brasil importou etanol foram a Argentina, a Alemanha e a Jamaica. Ao todo, foram comprados 4.464 litros do combustível.