Economia

Maiores escritórios de patentes do mundo se reúnem em março no Rio

postado em 24/01/2010 19:52
Rio de Janeiro - Autoridades internacionais da área de patentes vão participar em março, no Rio de Janeiro, de encontro promovido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Devem participar representantes dos 15 maiores escritórios de patentes do mundo. A expectativa é de que, durante o evento, seja traçado um plano que beneficie a todos e permita a superação rápida do acúmulo de patentes sem exame em nível mundial. Apenas dois países em desenvolvimento estão incluídos entre esses 15 escritórios: o Brasil e a China. O Inpi quer ampliar a cooperação entre os países do continente latino-americano e, do lado específico de patentes, superar o problema dos atrasos, disse à Agência Brasil o presidente do Inpi, Jorge Ávila. "Porque na medida em que os escritórios cooperam entre si, a gente tem mais possibilidade de resolver o problema, do que se cada escritório sozinho tentar dar conta do problema inteiro". Na medida em que o Brasil se insere na economia global, o número de pedidos de patentes feitos no país vem aumentando a cada ano. O Brasil é líder isolado na América Latina em pedidos de registro de patentes, superando com folga o México e a Argentina, que ocupam o segundo e o terceiro lugar no ranking, respectivamente. Entretanto, ainda está abaixo de países de maior desenvolvimento tecnológico em que as patentes são prioridade, como o Japão, a Alemanha e os Estados Unidos. O Brasil está atrás também da China, que começa a aparecer nessa relação, entre as nações em desenvolvimento. "Continua sendo um desafio para a indústria brasileira ser capaz de desenvolver um esforço de inovação que seja apropriável na forma de patentes", disse Ávila.. A mensuração por meio das patentes é muito importante, segundo Jorge Ávila, porque o número pode atestar quanto uma empresa está conseguindo transformar em valor econômico o seu esforço de inovação. Ele afirmou que aquilo que não é patenteado, "qualquer um pode copiar". A patente garante que o esforço de inovação se traduza em vantagem econômica para a empresa e para o país onde ela está sediada.

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