postado em 30/01/2010 07:01
A confiança dos industriais está em alta. Pela 12; vez consecutiva o índice da Fundação Getulio Vargas (FGV) que mede o nível de otimismo na economia apresentou variação positiva. Em janeiro, a elevação foi de 0,2% contra dezembro, incremento que levou a taxa para 113,6 pontos ; maior nível desde julho de 2008 (113,7 pontos). Com as boas expectativas próximas dos patamares pré-crise, o setor também espera que o ambiente de negócios melhore nos próximos seis meses e, de acordo com a Sondagem da Indústria de Transformação, essa indicação atingiu os 162,2 pontos, o maior nível da série histórica da FGV, iniciada em 1995.De 1,1 mil empresas entrevistadas na sondagem, 66,6% esperam uma melhora na situação do ambiente de negócios até junho e apenas 4,4% uma piora. ;Isso mostra o ânimo dos empresários, o que se reflete em ânimo para investimentos e contratações. Essa previsão é a melhor dos últimos 15 anos;, avaliou o coordenador de Sondagens Conjunturais da FGV, Aloísio Campelo. Os industriais seguem com uma confiança tão elevada que mesmo com o Índice de Expectativas recuando 0,3% em janeiro frente a dezembro, a taxa de janeiro ficou como a segunda maior desde 1995. Chegou aos 114,5 pontos e perdeu apenas para dezembro passado, quando foi registrado 114,9 pontos.
;Essa desaceleração é conjuntural. A indústria está trabalhando em um ritmo muito forte e deve continuar nessa trajetória de crescimento;, ponderou Campelo, que mostrou alguma preocupação somente em relação aos estoques. Segundo ele, houve um aumento na quantidade de empresas com excesso de produtos estocados. ;Isso possui relação com aceleração de produção nos últimos meses para atender a forte demanda. Consumo esse que foi impulsionado pelos incentivos tributários;, afirmou.
A despeito dos armazéns e dos galpões estarem com uma ocupação maior que o planejado, o setor ainda está satisfeito com a situação atual dos negócios, da economia e da produção. Satisfação essa que avançou 0,6% em janeiro e atingiu os 112,6 pontos ; maior nível desde agosto de 2008, quando a taxa chegou aos 116 pontos. A única lamentação do setor foi em relação à demanda externa, que, diferentemente da doméstica, não se recuperou e ainda dá indícios de que deve demorar a se fortalecer.