Economia

Gasoduto deve chegar ao DF

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha afirma que tubulação mineira será estendida até Brasília

Paola Carvalho
postado em 30/01/2010 10:23
O gasoduto que levará gás natural de São Carlos (SP) para Brasília, atravessando o Triângulo Mineiro, deve entrar no Programa de Aceleração do Crescimento Dois (PAC 2), a ser anunciado em março. A informação é do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT). "O presidente Lula pediu para levantar um conjunto de projetos para serem priorizados, a exemplo desse gasoduto. Com o anúncio, muda a peça orçamentária que define os recursos para as obras", afirmou durante a inauguração do gasoduto Paulínia (SP)- Jacutinga (MG). "Está em estudo. Pode sair", disse a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, em Jacutinga. A presidente em exercício da Petrobras, Graça Foster, afirmou que tem encontro marcado para segunda-feira com representantes do Ministério de Minas e Energia e do governo de Minas para discutir o mercado de gás natural regional. O governo estadual está disposto a bancar, por meio de consórcio liderado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), a construção do ramal no estado, conforme o subsecretário de Mineração e Energia, Paulo Sérgio Ribeiro. O empreendimento, orçado em R$ 1,3 bilhão, teria 817 quilômetros de extensão e capacidade para transportar entre quatro e seis milhões de metros cúbicos por dia. O ramal é requisito da Petrobas para a construção, em Uberaba, da primeira fábrica da América Latina de ureia e amônia - usadas na fabricação de fertilizantes a partir do fosfato e do gás. A unidade está orçada em US$ 2,2 bilhões. A região abriga a maior reserva de fosfato do país. Com a sua exploração, o Brasil atingiria a autossuficiência. Hoje é importador. Com investimentos de R$ 275 milhões, a Petrobras inaugurou ontem o gasoduto Paulínia-Jacutinga, de 93km de extensão. A capacidade de 5 milhões de metros cúbicos por dia é maior que o atual fornecimento a todo o estado, de 3,2 milhões de metros cúbicos. "Destaco a imensa flexibilidade do gás que chega aqui (Jacutinga), coisa que não havia há 5 anos. Ele não tem origem, é cada vez mais uma malha única. Recebe gás da Bolívia, mas de outras fontes também", disse.

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