Economia

Orçamento 2011 dos EUA: para criar empregos, Obama renuncia ir à Lua

Agência France-Presse
postado em 30/01/2010 12:21
A Casa Branca divulgará na próxima segunda-feira (1º/02) seu projeto de orçamento federal 2011, com prioridade para o relançamento econômico e para a criação de empregos, e deverá anunciar o abandono do projeto de retorno à Lua, ditado pela necessidade de redução de gastos. [SAIBAMAIS]O ano fiscal dos EUA começa no dia 1° de outubro, e o orçamento do exercício 2011 será menor que o do ano de 2010, período durante o qual o presidente Barack Obama, conforme deixou claro na quarta-feira em seu discurso sobre o Estado da União, fará do emprego prioridade de seu governo. O presidente anunciou ainda que espera conceder US$ 33 bilhões em ajuda para as pequenas empresas em 2010. O exercício 2011 estará igualmente marcado pelo fim do plano de reativação de US$ 787 bilhões em três anos, promulgado em fevereiro de 2009 e cuja maior parte deverá ser empregada antes de 1° de outubro. Ao mesmo tempo que publicará seu projeto de lei de programação 2011, a Casa Branca deve diminuir suas projeções para 2010. Uma coisa é certa, o projeto de orçamento 2010-2011 deverá estar marcado pela luta com o déficit e os gastos, segundo disse na quarta-feira o presidente em seu discurso sobre o Estado da União. O governo não tem outra opção se pretende honrar sua promessa de diminuir o déficit orçamentário em torno de 3% do PIB à médio prazo. Entre as vítimas mais simbólicas destas reduções de gastos está sem dúvida o programa espacial norte-americano. O jornal Florida Today divulgou que o projeto espacial estava condenado ao fracasso pelas limitações financeiras. Segundo uma fonte próxima à Casa Branca, Obama decidiu renunciar ao programa Constellation lançado por George W. Bush, que tem como objetivo levar novamente os americanos à Lua até 2020. "O Constellation está morto", afirmou esta fonte, que não quis ser identificada, aludindo ao programa que previa que os Estados Unidos voltariam à Lua em 2020 para usá-la como base para realizar expedições a Marte. Dessa forma, a agência espacial americana, a Nasa deverá voltar suas atividades no desenvolvimento do transporte espacial comercial. As margens de manobra da Casa Branca são extremamente pequenas. A crise que continua se fazendo sentir sobre as empresas e os lares reduziu consideravelmente os recursos do Estado. Obama anunciou um congelamento de três anos dos gastos dispensáveis, que deveriam permitir economizar cerca de US$ 250 bilhões de dólares, mas nada disse sobre os gastos que poderiam aumentar fortemente devido às despesas sociais vinculadas ao desemprego, que está em um nível muito alto.

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