postado em 04/02/2010 14:18
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou nesta quinta-feira (4/02) a preocupação manifestada pelos dirigentes do Banco Central na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) com o comportamento da inflação provocado pela retomada do crescimento econômico.
[SAIBAMAIS]Segundo Mantega, que participou hoje da divulgação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), há pressões sazonais (características de determinados períodos) em janeiro, como o aumento das tarifas de ônibus e de mensalidades escolares, que depois têm seus efeitos cessados adiante. O ministro adiantou que não tinha lido a ata e por isso não sabia o significado da conclusão dos técnicos.
"Muita gente tem a sua interpretação da ata, às vezes até divergentes. Mas nós [Fazenda] estamos sintonizados com o Banco Central. Ontem conversei com o presidente Meirelles e ele está tranquilo quanto a possibilidade de crescermos 5%, sem pressões inflacionárias".
Ontem (3), o ministro do Planejamento, Paulo Beranardo, também garantiu que a elevação dos índices de preço em janeiro não significava uma tendência para a inflação em 2010 e não indica que haverá crescimento da economia acima do esperado.
Para Mantega, a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) anunciada ontem pelo governo serve apenas para sustentar o preço da gasolina e é uma política já adotada há algum tempo. Ele lembrou que essa é uma política regulatória normal que já vem sendo adotada quando há desequilíbrio entre a oferta do álcool adicionado à gasolina.
Ontem, o Ministério da Fazenda anunciou que a partir de sexta-feira (5/02), a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) ficará menor para a gasolina. A alíquota cairá de R$ 0,23 para R$ 0,15 por litro. A desoneração valerá até 30 de abril.