postado em 06/02/2010 21:55
IQALUIT - Os ministros das Finanças das sete potências mundiais (G7) reafirmaram neste sábado o objetivo comum de encontrar fórmulas para afiançar a frágil recuperação da economia mundial, comprometendo-se a dar continuidade à política de estímulo.
"Continuaremos pondo em prática a política de estímulo com a qual cada um se comprometeu e buscaremos estratégias de saída", indicou o ministro canadense, Jim Flaherty, durante entrevista à imprensa depois de uma reunião dos Sete Grandes na cidade de Iqaluit, norte do Canadá.
"Estamos decididos a prosseguir apoiando nossas economias até que se estabeleça uma recuperação sólida", disse por sua vez o ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Alistair Darling.
"Devemos nos assegurar de que não comprometemos a recuperação econômica mundial", afirmou o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner.
Durante a reunião, o G7 também se propôs a "zerar toda a dívida bilateral do Haiti", devastado pelo terremoto de 12 de janeiro.
Convidados pelo Canadá, os membros do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália e Reino Unido), foram ao gélido norte canadense para analisar a situação econômica mundial.
As autoridades se deparam com um novo ataque de ansiedade do mercado financeiro mundial. Embora Wall Street tenha terminado em alta na sexta-feira, as bolsas na Ásia e Europa fecharam a semana com uma queda espetacular, ante o temor de que países como Grécia, Portugal e Espanha não pudessem resolver por si sós os seus graves problemas de endividamento.
É um momento delicado para os três representantes da zona euro (Alemanha, França e Itália), que devem demonstrar que a união monetária de 16 países do Velho Continente mantém sua credibilidade.
Mas as outras potências do G7 tampouco têm uma situação fácil. Nos Estados Unidos, as cifras sobre o emprego publicadas sexta-feira mostram a dificuldade de reativar o mercado de trabalho; no Japão, a economia parece estar em convalescença perpétua e, no Reino Unido, o crescimento segue débil.
Os países do G7 têm seus próprios males. Por uma parte, acumulam dívida pública total superior a 30 bilhões de dólares, e o financiamento de seu déficit impõe um considerável estresse diário aos mercados.
Os delegados do G7 inauguraram formalmente suas negociações na sexta-feira às 18H45 (23H45 GMT) no restaurante de um hotel de Iqaluit, capital do território Inuit de Nunavut.
Canadenses e europeus viajaram em trenós puxados por cães pela congelada Baía de Frobisher.
Além dos delegados do G7 de cada país, participaram funcionários do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e da Comissão Europeia.