postado em 09/02/2010 11:34
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), atingiu 1,28%, na primeira prévia de fevereiro, taxa que ficou abaixo do fechamento de janeiro (1,34%). Quatro dos sete grupos de despesas, apresentaram índices inferiores ao última pesquisa: alimentação, saúde, educação e transportes.
Neste último, com peso de 55,20% na composição do IPC, a taxa de variação permaneceu elevada em 4,49%, mas abaixo da medição passada (4,58%). Para os próximos cálculos, transporte ainda deve influenciar no resultado geral, já que a partir desta terça-feira (9/02), entram em vigor os novos preços dos bilhetes do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Urbanos (CPTM).
O bilhete unitário do metrô passou e R$ 2,55 para R$ 2,65, um reajuste de 3,9% e o bilhete único com direito a integração com os ônibus municipais urbanos subiram de R$ 4,00 para R$ 4,07, alta de 1,8%. De janeiro de 2009 a janeiro de 2010, a variação do IPC da Fipe ficou em 5,04%.
Os gastos com educação começam a diluir no peso inflacionário, embora com variação ainda elevada, de 3,77% ante 4,42%. No grupo alimentação, pela segunda vez seguida houve queda no ritmo de alta, com a taxa passando de 1,52% para 1,18%.
Alguns produtos são mantidos com preços mais altos por causa da intensidade das chuvas como é o caso das verduras, com correção de 15,07%. O alface subiu 17,11% e a escarola, 19,75%. Entre os legumes, destaques para a vagem (26,91%) e abobrinha (21,25%). As carnes bovinas tiveram alta média de 0,42% e entre as peças mais nobres o aumento maior foi o do contrafilé (2,35%).
No grupo habitação, o IPC aumentou de 0,15% para 0,29%. Entre os fatores estão os gastos com o Imposto Territorial e Urbano (IPTU). Em despesas pessoais ocorreu uma leve alta (de 0,59% para 0,60%) e em saúde uma diminuição no rítmo ( de 0,26% para 0,23%).
O único grupo com taxa negativa foi vestuário (-0,39%), porém, indicando recuperação de preços. Nas três pesquisas anteriores, as quedas tinham sido mais expressivas com (-0,68%), no fechamento do mês passado, (-0,49%) e (-0,42%), na terceira e segunda prévias de janeiro, respectivamente.
De acordo com as projeções dos analistas do mercado financeiro, conforme o boletim Focus, divulgado ontem (8), pelo Banco Central, o IPC da Fipe deve fechar o ano em 5,04%, um pouco acima do centro da meta estimado em 4,5% com possibilidades de oscilações em dois pontos para cima ou para baixo.