Agência France-Presse
postado em 12/02/2010 08:42
A Eurozona registrou um crescimento de 0,1% no último trimestre de 2009, mais frágil do que nos três meses anteriores. No conjunto do ano a economia dos 16 países que formam esse espaço monetário europeu registrou contração de 4%, informou nesta sexta-feira (12/02) a agência de estatísticas Eurostat.
[SAIBAMAIS]Agência financeira Dow Jones Newswires havia previsto um crescimento maior para o último trimestre, de 0,3%. A economia da zona do euro cresceu 0,4% no terceiro trimestre, recordou ainda a agência.
Em relação aos 27 países da União Europeia (UE), o Produto Interno Bruto (PIB) também registrou um crescimento frágil de 0,1% no quarto trimestre, frente ao 0,3% no terceiro, e retrocedeu 4,1% no conjunto de 2009.
Tanto a Eurozona como a UE saíram da recessão no terceiro trimestre, e os economistas esperavam que a recuperação se mantivesse num ritmo similar.
A economia da zona euro ficou menor previamente durante cinco trimestres consecutivos. Individualmente, o desempenho das principais economias europeias não foi muito diferente.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha teve um crescimento nulo no quarto trimestre de 2009, marcando uma pausa no ritmo da recuperação da maior economia europeia, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta.
O PIB alemão cresceu 0,7% no terceiro trimestre e 0,4% no segundo, depois de ter sofrido uma contração de 3,5% no primeiro, recorda o comunicado do departamento de estatísticas Destatis.
O Destatis já avaliava em janeiro que a economia havia se estancado no último trimestre do ano passado, devido principalmente a um retrocesso dos investimentos do consumo privado. As exportações, no entanto, continuaram progredindo.
A Alemanha registrou em 2009 sua pior recessão desde o fim da Segunda Guerra Mundial, de 5% em relação a 2008.
Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) comunicadas esta semana, o PIB alemão crescerá este ano 1,5%. A previsão do governo é levemente inferior ( 1,4%).
Já o PIB da França contraiu 2,2% em 2009, em seu retrocesso mais importante desde 1945, apesar de ter registrado uma alta maior que o previsto ( 0,6%) no quarto trimestre.
O retrocesso de 2,2% para todo o ano concorda com as previsões governamentais.
A ministra da Economia, Christine Lagarde, no entanto, elogiou o resultado do quarto trimestre.
No quarto trimestre, o Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (INSEE), havia previsto um crescimento de 0,4%, e Christine Lagarde afirmou em várias oportunidades que esperava um pouco mais de 0,3%.
A Itália também registrou uma queda, de 4,9%, de seu PIB em 2009, depois de registrar um retrocesso de 0,2% no quarto trimestre desse ano, segundo uma primeira estimativa do Instituto de Estatísticas (INSTAT).
O retrocesso de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da península no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior representa uma surpresa, já que os economistas esperavam em média um leve crescimento de 0,1%, segundo uma pesquisa realizada pela agência Dow Jones Newswires.
No conjunto de 2009, a queda de 4,9% do PIB supera levemente a previsão do governo (-4,8%).
A Itália retomou o crescimento no terceiro trimestre de 2009 ( 0,6% em relação ao trimestre anterior), depois de cinco trimestres consecutivos de queda do PIB.