Economia

Presidente do BNDES espera crescimento forte da economia neste ano

postado em 18/02/2010 18:40
A expectativa para este ano é de crescimento firme da economia brasileira, afirmou nesta quinta-feira (18/2) o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. ;A nossa maior preocupação é apoiar a ascensão dos investimentos, especialmente da taxa de investimento agregada da economia.;

Coutinho estima que a taxa de formação bruta de capital fechará 2009 perto de 17% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. ;E a gente quer é empurrá-la o mais perto de 20% possível;.

O presidente do banco estatal avaliou que o investimento poderá aumentar pelo menos três vezes, caso o PIB cresça 5% em 2010. ;Se depender de nós, cresce mais ainda;. Segundo ele, a elevação do investimento total sobre o PIB é fundamental para sustentar um crescimento saudável, ;que é puxado pela criação da capacidade produtiva, que permite criar oferta concomitantemente ao crescimento da demanda, prevenindo pressões inflacionárias;.

Como a indústria é o carro chefe do investimento, Coutinho espera que haja uma retomada dos investimentos da indústria de transformação em 2010. Os primeiros indícios mostram que os planos de investimento da indústria de transformação e da indústria extrativa estão em curso e deverão se elevar ao longo do ano. A única área que ainda se mostra apática, segundo Coutinho, é a ligada às commodities (produtos agrícolas e minerais comercializados no mercado externo). A exceção é a área de minério de ferro, cuja demanda se acha aquecida no mercado mundial.

Ele enfatizou também que na área de infraestrutura há projetos relevantes que acenam para um novo momento de investimento no país. ;Espero que os desembolsos continuem firmes para infraestrutura em 2010.; Em 2009, os desembolsos do BNDES para indústria superaram R$ 60 bilhões. Para infraestrutura, foram liberados cerca de R$ 46,5 bilhões.

Coutinho voltou a admitiu que os desembolsos totais do BNDES poderão ficar abaixo do volume registrado em 2009 (em torno de R$ 137 bilhões). A estimativa inicial é atingir R$ 126 bilhões. Em contrapartida, ele afirmou que deverá ser um desembolso mais qualitativo, vinculado à ampliação da capacidade produtiva e à inovação tecnológica, ao contrário do que ocorreu no ano passado, quando o banco operou mais capital de giro. Ele espera que em 2010, o mercado de capitais e o mercado de crédito ajudem a completar o apoio do BNDES às empresas produtivas.

O presidente da instituição destacou que somente para micro e pequenas empresas, o BNDES seguirá emprestando recursos este ano para capital de giro. Em 2009, foram concedidos R$ 10 bilhões nessa linha para empresas de todos os portes. ;Este ano, nós estamos fortalecendo outros programas de giro para a pequena empresa, porque entendemos que as condições de acesso a crédito para giro por parte do mercado ainda não se regularizaram plenamente. Ainda há dificuldades;.

O fomento a projetos regionais e apoio à micro e pequena empresa continuarão sendo prioridade para o BNDES este ano. O banco pretende também apoiar o fortalecimento de empresas brasileiras competitivas no processo de internacionalização.

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