Economia

Apesar de queda da dívida pública em janeiro, endividamento externo do país cresce

postado em 22/02/2010 14:45
Apesar de ter aumentado o seu endividamento junto ao mercado em 2009, para conter uma queda abrupta da arrecadação tributária, o governo não manteve a política gastadora em janeiro de 2010. O estoque da dívida pública federal em poder do mercado (papéis ofertados pelo Tesouro Nacional) apresentou decréscimo em termos nominais de 2,65% no primeiro mês do ano, passando de R$ 1,497 trilhão em dezembro para R$ 1,457 trilhão em janeiro. A dívida pública em poder do mercado externo apresentou uma redução nominal em janeiro de 3,05%, passando de R$ 1,398 trilhão em dezembro para R$ 1,355 trilhão em janeiro, em razão do resgate líquido (papéis que tiveram seu vencimento em janeiro) de R$ 54,4 bilhões, compensado em parte pela apropriação positiva de juros(remuneração paga em juros pelo Tesouro Nacional) de R$ 11,7 bilhões. No que tece a dívida pública em poder de investidores internacionais, houve elevação em janeiro ante dezembro de 2,98%. Esta elevação do número de títulos públicos em poder de investidores de outros países pode indicar no futuro que o governo poderá pagar mais para custear sua dívida pública. Os títulos em poder do mercado externo geralmente são ofertados em dólar norte-americano, o que faz com que o Brasil tenha que gastar mais em épocas como a atual, em que a grande volutividade no mercado de câmbio e consequentemente elevação da cotação do dólar norte-americano perante outras moedas, entre elas o real. A dívida mobiliária pública é utilizada por países para custear o seu crescimento econômico. No Brasil, desde o ano passado, este valor do envidamento ultrapassou os R$ 1,5 trilhão, o maior endividamento público brasileiro da história.

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