Economia

Inflação do aluguel sobe 1,18% em fevereiro

postado em 25/02/2010 10:05
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 1,18% em fevereiro e ficou acima da taxa registrada em janeiro (0,63%). A taxa medida pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) serve de base de cálculo para reajuste dos aluguéis, entre outros tipos de correções. [SAIBAMAIS]A alta foi influenciada, principalmente, pelo aumento de preços no setor atacadista. O Índice de Preços Por Atacado (IPA), um dos três componentes do IGP-M, teve elevação de 1,42%, ante 0,51% no mês passado. Todos os grupos que integram o IPA apresentaram aumento, entre eles o de bens finais (1,82%), puxado em especial pela alta dos alimentos in natura (de -0,58% para 3,99%). Nos bens intermediários, a elevação foi de 1,70%, ante 0,63%, com destaque para os materiais e componentes para manufatura (de 0,69% para 2,26%). No índice de matérias-primas brutas, a taxa atingiu 0,37%, revertendo o resultado negativo de janeiro (-0,06%). Essa taxa só não subiu mais porque algumas fortes elevações de produtos agrícolas foram compensadas pela baixa em outras mercadorias do mesmo segmento. Entre os que apresentaram alta estão a laranja (de 5,39% para 43,88%), o leite in natura (de -1,85% para 1,99%) e a cana-de-açúcar (de 1,66% para 4,04%). Em movimento contrário, estão os preços de soja em grão, cujo índice passou de -5,49% para -12,38%, de aves (de 1,88% para -1,06%) e de café em grão (de 2,31% para -1,81%). Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao consumidor (IPC) teve redução no ritmo de alta, passando de 1,00%, em janeiro, para 0,88%, em fevereiro. Esse resultado reflete os decréscimos ocorridos na velocidade de aumentos em educação, leitura e recreação (de 1,96% para 0,87%), com alta mais moderada dos cursos formais (de 3,55% para 2,02%); em alimentação (de 1,42% para 1,23%), com destaque para as carnes bovinas (de 0,67% para -0,86) e em vestuário (de 0,44% para -0,40%), com a queda dos preços das roupas (de 0,70% para -0,62%). Ainda em relação ao IPC, foram constatadas altas em transportes (de 2,29% para 2,65%), sob influência da tarifa de ônibus urbano (de 4,69% para 4,98%); em despesas diversas (de 0,42% para 0,48%), resultado puxado pela ração animal (de 0,12% para 1,08%); e em saúde e cuidados pessoais (de 0,35% para 0,40%), com destaque para o aparelho dentário (de -0,07% para 1,58%). No terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de custo da Construção (INCC), também houve redução na velocidade de aumentos (de 0,52% para 0,35%). O resultado reflete, principalmente, índices menores para a mão de obra (de 0,60% para 0,22%) e os serviços (de 1,28% para 0,76%). Em materiais e equipamentos, a taxa passou de 0,23% para 0,40%.

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