Jornal Correio Braziliense

Economia

Apesar da queda, otimismo na indústria tem segundo melhor resultado da história

O empresário industrial está menos confiante do que estava em janeiro, quando o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu seu maior patamar, em 68,7 pontos, de um total de 100 pontos. Em fevereiro, esse indicador recuou para 67,8 pontos, uma queda de 0,9 ponto, mas ainda assim registrando o segundo melhor resultado da série, com 9,2 pontos acima da média histórica da pesquisa. [SAIBAMAIS]Segundo informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), responsável pelo estudo, a queda verificada no segundo mês do ano é natural visto que janeiro normalmente concentra os resultados mais elevados do ICEI, em função do maior otimismo que acompanha o início de um novo ano. Dividido em três grandes áreas, o indicador reflete o ânimo do empresário do setor extrativo, da indústria de transformação e do mercado de construção civil. Este último, segundo indicou a CNI, segue mais confiante que o das outras duas áreas industriais pesquisadas. Em fevereiro, o otimismo do empresário da construção civil registrou 68,1 pontos, um recuo de 0,8 pontos ante janeiro. Em igual período, o ICEI indústria de transformação também variou para baixo em 1,3 pontos, para 66,4 pontos, enquanto que o indicador que mede o otimismo da indústria extrativa acumulou alta de 0,9 ponto, a única entre as áreas pesquisadas, passando para 66,1 pontos. O corte da pesquisa por áreas pesquisadas mostra que a queda de fevereiro foi disseminada na indústria. Vinte e um dos 27 setores de transformação considerados registraram retração do otimismo em fevereiro na comparação com janeiro. "Ainda assim, todos os setores registraram confiança e, excetuando-se o setor Madeira (com índice de 54,2 pontos), todos registraram índices superiores a 60 pontos", explicou a CNI, em nota. Porte A queda do ICEI em fevereiro ocorreu independentemente do porte da empresa. As menores quedas, entretanto, foram verificadas pelas empresas de grande porte, que geralmente têm otimismo maior do que as empresas de porte menor. O ICEI das grandes empresas recuou 0,2 ponto em fevereiro, atingindo 69,9 pontos. No que tece às médias empresas, a queda do otimismo foi bem maior, de 2,1 pontos, de 68,7 pontos, em janeiro, para 66,6 pontos no segundo mês do ano. No mesmo período, os índices das empresas de pequeno porte caíram 0,6 pontos, para 66,1 pontos.