postado em 25/02/2010 18:07
São Paulo ; O presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, atribuiu o bom resultado do lucro líquido do banco em 2009 à estratégia de investir fortemente na oferta de crédito mesmo no período em que a crise internacional deixou as economias mundiais mais vulneráveis.;O Banco do Brasil fez esse papel, destravou o crédito, buscou mostrar essa confiança no país e, dentro de nossa técnica bancária, trabalhamos muito;, afirmou hoje (25) Bendine na divulgação do lucro líquido do BB que foi de R$ 10,5 bilhões no ano passado.
Ele acredita que ainda há uma capacidade de crescimento forte da carteira de crédito do Banco do Brasil, apesar de não ter feito projeções. Bendini disse que o banco se voltará também para a oferta de outros serviços. Para ele, o crédito pode continuar puxando o crescimento do banco. ;Eu acho que, talvez, o carro chefe principal para o crescimento de 2010 seja o crédito..
O crescimento do lucro líquido, em relação a 2008, foi de 15,3%. As receitas financeiras do banco totalizaram R$ 65,3 bilhões no ano passado, 11,9% a mais do que no ano anterior. Desse total, R$ 41,7 bilhões foram provenientes das operações de crédito, o que representa um aumento de 21% ante o resultado de 2008 (R$ 34,5 bilhões).
O total de crédito contratado alcançou R$ 320,7 bilhões, um aumento de 35,2%. O crédito para pessoas físicas aumentou 88,1%, atingindo R$ 91,8 bilhões. Esse número representa mais de 30% da carteira total de crédito do banco. No ano passado, foi uma fatia de 21,7%.
O crédito consignado chegou a R$ 36,5 bilhões, 107,2% a mais do que no ano anterior. O financiamento de veículos cresceu 209,8% e atingiu os R$ 20,7 bilhões. O crédito imobiliário atingiu R$ 1,5 bilhão. Os empréstimos para as empresas (pessoas jurídicas) aumentaram 29%, totalizando R$ 125,3 bilhões.
A inadimplência do banco manteve-se abaixo da registrada no mercado, com as operações vencidas há mais de três meses chegando a 3,3% da carteira da instituição. Segundo Bendine, quando se oxigena a carteira, a tendência é a de que a inadimplência fique mais controlada.