Economia

Parlamento grego aprova novo plano de ajuste contra crise financeira

Agência France-Presse
postado em 05/03/2010 12:06
O Parlamento grego aprovou nesta sexta-feira (5/3), por maioria, em caráter de urgência, o terceiro pacote fiscal, elaborado pelo governo socialista para tirar o país de uma grave crise financeira, anunciou o presidente da instituição, Philippos Petsalnikos. [SAIBAMAIS]O aval dos políticos gregos foi dado ao governo num dia em que o primeiro-ministro, George Papandreau, começa a circular por Berlim, Paris e Washington em busca de apoio. O pacote descontenta grande parte da população, principalmente funcionários públicos e comerciantes. Greves de protestos, com espisódios de violência, paralisavam a Grécia nesta sexta-feira. O novo pacote anunciado quarta-feira busca reduzir o gasto público em 4,8 bilhões de euros (6,5 bilhões de dólares). Compreende o aumento de 2% do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), aumentos nos impostos sobre o cigarro, álcool, combustíveis e produtos de luxo, além de cortes salariais significativos no setor público, o que provocou a revolta das principais organizações sindicais. Em meio aos protestos, o líder Confederação Geral de Trabalhadores gregos GSEE, Yannis Panagopoulos, ficou levemente ferido ao receber socos de um grupo de jovens quando pronunciava discurso diante do edifício do Parlamento. Jovens entraram em confronto com policiais, que usaram gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Atenas estava praticamente parada, com gigantescos engarrafamentos, desde a madrugada. Em Salônica (norte), segunda cidade mais importante do país, o transporte urbano também não funcionava. Todos os aeroportos interromperam o tráfego aéreo entre o meio-dia e as 16h locais (7h a 11h de Brasília), devido à greve dos controladores aéreos. As duas companhias aéreas gregas, Olympic Air e Aegean Airlines, anularam e reprogramaram voos nesta sexta-feira. Os hospitais estatais funcionavam precariamente. Também pararam por 24 horas os empregados ferroviários e professores. Até o sindicato da polícia conclamou seus membros a unir-se às manifestações convocadas por outras organizações.

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