Economia

Petróleo fecha semana em alta em Nova York e Londres

Agência France-Presse
postado em 05/03/2010 18:38
Os preços do petróleo registraram alta nesta sexta-feira (5/3) em Londres e Nova York, onde o barril de referência superou os 81 dólares, graças aos números mensais de emprego que encorajaram o otimismo dos investidores na economia americana.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em abril fechou a 81,50 dólares, em alta de 1,29 dólar com relação à quinta-feira.

No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com o mesmo vencimento ganhou 1,35 dólar, fechando a 79,89 dólares. "Claramente é uma boa notícia", segundo a economista da Natixis, Inna Mufteeva, que destacou que os números mensais do emprego tiraram um peso dos mercados.

É certo que a economia americana perdeu 36 mil postos de trabalho em fevereiro, mas o número de demissões é menor que o temido pelos analistas, que previam 68 mil.

A taxa de desemprego se manteve estável em 9,7%, enquanto o mercado esperava 9,8%. "É considerado positivo nos tempos de hoje", disse Adam Sieminski, do Deutsche Bank. As tempestades da costa leste, que foi paralisada em várias ocasiões pela neve, fizeram com que eles temessem dados desastrosos.

"Nas últimas duas semanas, o mercado oscilou entre 77 e 81 dólares o barril. Cada vez que tentava superar essas margens, fracassava", lembrou Thomas Bentz, da BNP-Paribas Commodity Futures.

"Esta semana foi mais positiva para os partidários da alta e evidentemente os números sobre o emprego ajudaram", acrescentou o analista, lembrando que "ao menos a economia se estabiliza".

O feito de terminar em alta e de alcançar um teto em sete semanas é um bom prognóstico de um ponto de vista técnico, opinou Thomas Bentz. O barril de WTI superou os 82 dólares durante a sessão (82,07).

Além disso, ao reavivar o interesse por ativos mais arriscados, os dados de emprego reduziram a pressão da alta sobre o dólar, que caía frente ao euro no fechamento do Nymex.

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