postado em 09/03/2010 20:17
Brasília - A reforma de políticas regulatórias e a ampliação das parcerias público-privadas (PPPs) são passos necessários para o Brasil ampliar as trocas comerciais com os Estados Unidos, disse nesta terça-feira (9/3) o secretário de Comércio norte-americano, Gary Locke. Em nota emitida pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília, ele defendeu a união do governo e dos empresários para reduzir as barreiras comerciais e atender às necessidades do setor privado.;Precisamos que os líderes empresariais se envolvam no processo de formulação de políticas, na defesa das parcerias público-privadas no Brasil e na comunicação com o governo brasileiro sobre a reforma de políticas regulatórias que visem a incentivar maior comércio e investimento;, afirmou o comunicado.
[SAIBAMAIS]A nota não mencionou a retaliação de US$ 531 milhões em produtos que o Brasil aplicará aos Estados Unidos. Nesta segunda (8/3), o governo brasileiro divulgou a lista de itens norte-americanos que terão o Imposto de Importação reajustado a partir do próximo mês. Em novembro, a Organização Mundial do Comércio (OMC) autorizou o Brasil a aplicar sanções aos Estados Unidos por causa dos subsídios concedidos pelo governo norte-americano aos produtores de algodão.
O secretário norte-americano se reuniu nesta terça com os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O encontro também teve a presença de representantes da Câmara de Comércio Brasil;Estados Unidos e de 20 presidentes executivos de empresas brasileiras e norte-americanas.
Na reunião, foram discutidos acordos de bitributação e de cooperação no setor elétrico, mas os Estados Unidos não apresentaram nenhuma proposta oficial para compensar as retaliações comerciais. A embaixada informou que Gary Locke teve outra reunião com Miguel Jorge e o vice-ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, mas não especificou se o encontro ocorreu antes ou depois da reunião com os empresários.
No comunicado, o secretário destacou que o Brasil representa um dos mercados mais importantes para os produtos norte-americanos. ;O Brasil é o décimo maior mercado para as exportações dos EUA, mas os governos dos EUA e do Brasil podem fazer mais para criar um arcabouço para que os negócios sejam bem-sucedidos,; ressaltou.