Agência France-Presse
postado em 15/03/2010 19:54
Os ministros do Petróleo de Irã, Líbia e Argélia destacaram na noite desta segunda-feira (15/3), em Viena, que não há necessidade de se mudar as atuais cotas de produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), nas vésperas da reunião do Cartel, na quarta-feira."Não há necessidade de mudar" as cotas de produção, afirmou o chefe da delegação líbia, Chukri Ghanem, ao chegar à capital austríaca.
O presidente da companhia petrolífera estatal líbia (National Oil Corporation, NOC) e ministro do Petróleo declarou que o mercado está "demasiado abastecido".
Da mesma forma, o ministro argelino Chakib Khelil afirmou que aumentar as cotas de produção "não seria uma boa ideia" e enviaria "um mau sinal" ao mercado. "Espero que os preços se mantenham bem até o final do ano, apesar do excesso de produção" existente atualmente, disse Khelil.
O ministro iraniano do Petróleo, Masud Mir Kazemi, disse que a produção da Opep deve ser mantida nos níveis atuais, já que "não vimos mudanças no mercado". "Não há aumento da demanda no mercado e a oferta não diminuiu fortemente", declarou à imprensa antes de partir para Viena.
[SAIBAMAIS]A Opep mantém suas cotas de produção em 24,84 milhões de barris diários desde 1; de janeiro de 2009, depois de várias tentativas de segurar a queda dos preços, que passaram de 150 dólares em julho de 2008 a menos de 35 dólares no final deste ano, no pior momento da crise financeira e econômica mundial.
Com os preços estabilizados há alguns meses entre 70 e 80 dólares o barril, os ministros da Opep - presidida atualmente pelo Equador - não devem modificar na quarta-feira a política do Cartel, ainda preocupados com a fragilidade da retomada da demanda.