postado em 24/03/2010 09:04
O monitoramento do comércio entre o Brasil e a Argentina é o principal assunto da reunião que será realizada nesta quinta-feira (25/3) e sexta-feira no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em Brasília. Durante esses dois dias, a delegação brasileira, chefiada pelo secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, e a delegação argentina, chefiada pelo secretário da Indústria, Eduardo Bianchi, também discutirão o comércio no setor automotivo, principal produto da pauta bilateral.
De acordo com o MDIC, as vendas brasileiras para a Argentina, maior parceiro comercial entre os integrantes do Mercosul, cresceram 66% em fevereiro de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. O total das vendas passou de US$ 694 milhões para US$ 1,158 bilhão. A Argentina vendeu US$ 999 milhões ao Brasil nesse mesmo período.
No acumulado do ano, as vendas brasileiras para o parceiro argentino no Mercosul cresceram 64%, alcançando US$ 2,136 bilhões. Motores para veículos, automóveis de passageiros, inseticidas, herbicidas, fungicidas e plásticos foram os produtos brasileiros mais vendidos ao mercado argentino nos dois primeiros meses do ano.
O resultado das vendas brasileiras em janeiro/fevereiro de 2010 confirma a posição da Argentina como o principal comprador do Mercosul, seguido pelo Uruguai (crescimento de 25,6%) e Paraguai (24,8%). Com relação às importações de produtos da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior também registra crescimento. Em janeiro/fevereiro de 2010, o Brasil comprou US$ 2, 256 bilhões do Mercosul, enquanto no mesmo período do ano passado as compras totalizaram US$ 1,493 bilhão.
A reunião dos próximos dias 25 e 26 é a segunda realizada entre o Brasil e a Argentina este ano. A primeira ocorreu em Buenos Aires, capital argentina, nos dias 4 e 5 do mês passado.
De acordo com o MDIC, é fundamental que o Brasil e a Argentina tenham uma estratégia comercial efetiva. A proposta dos dois países é aumentar as exportações de pequenas e médias empresas para a América Latina e realizar ações conjuntas de promoção comercial na região.