Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 27/03/2010 10:29
A inflação na construção civil subiu mais um pouco neste mês. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas registrou, em março, variação de 0,45% contra 0,35% no mês anterior. No ano o índice já acumula alta de 1,32% e de 4,12% nos últimos 12 meses.O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,49%. Em fevereiro a taxa havia sido de 0,47%. Na parte referente a mão de obra houve variação de 0,40%. Em fevereiro a taxa havia sido de 0,22%.
Segundo a pesquisadora Ana Maria Castelo, a possibilidade de elevação do preço do minério de ferro - a Vale está pedindo um reajuste de 100% para seus clientes - certamente terá um impacto no INCC. ;O minério de ferro não é um insumo usado diretamente na construção civil. Ele compõe, por exemplo, o vergalhão de aço, insumo que pesa 4% no índice. Um reajuste no minério de ferro terá um impacto em toda a cadeia, mas não dá para precisar o reflexo de um aumento como este antecipadamente;, explicou.
A parcela relativa a serviços contribuiu para segurar a inflação da construção. Este item passou de uma taxa de 0,76% em fevereiro para 0,66% em março. Destaque para serviços pessoais, cuja taxa baixou de 1,55% em fevereiro para 1,22% em março. Já mão de obra registrou, no mês, variação de 0,40%. Em Salvador, por causa do acordo coletivo dos trabalhadores, o índice subiu muito: 2,99%.
Em termos regionais quatro capitais, inclusive Brasília, apresentaram aceleração do INCC. Mesmo passando de 0,22% para 0,25%, o índice de Brasília ficou abaixo da média nacional. No sentido oposto, o custo da construção civil desacelerou em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.