postado em 06/04/2010 19:11
Brasília ; A renda média das famílias brasileiras foi de R$ 1.285 no ano passado, segundo pesquisa realizada pela empresa Cetelem Brasil, no final de 2009, que ouviu 1.500 pessoas de nove regiões metropolitanas do país.Financeira do banco francês BNP Paribas, a Cetelem pesquisa o comportamento do consumidor brasileiro e avalia sua intenção de compra, por classe social e de acordo com as regiões do país. O levantamento, realizado desde 2005, recebeu o nome de Observador Brasil.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (6/4) pelo diretor-geral da empresa, Marcos Etchegoyen. De acordo com ele, o aumento do poder de compra da família brasileira foi alavancado principalmente pela expansão da renda das classes C, D e E.
Para Etchegoyen, isso garantiu ao Brasil a retomada do consumo doméstico aos níveis de 2007. Anteriores, portanto, à crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008, que causou prejuízos generalizados, com impacto mais forte nos países desenvolvidos que nos emergentes.
O dirigente da Cetelem ressaltou que o Observador Brasil constatou contínua evolução da renda disponível das classes D e E, que passou de menos R$ 17, em 2005, para R$ 61, em 2009, o que ;indica melhora na qualidade de vida das populações mais pobres;.
Tanto que esses extratos sociais perderam 27 milhões de pessoas, de 2005 para cá, que migraram para a classe C. Enquanto as classes D e E encolheram de 51% para 31% da população, a classe C aumentou no mesmo período de 34% para 49%. O conjunto das classes A e B avançou levemente, de 15% para 16% da população brasileira.
A pesquisa verificou, porém, que todas as classes sociais perderam renda disponível em 2009, comparado a 2008, como reflexo da crise financeira mundial, que manteve a tendência de alta moderada em gastos essenciais como supermercado, luz, água, gás, aluguel condomínio, remédios, transporte, bem como nas despesas com vestuário e lazer.