Agência France-Presse
postado em 06/04/2010 19:53
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, inaugurou nesta terça-feira (6/4) no porto de Cartagena a quinta edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, que reunirá entre quarta e quinta-feira cerca de 500 participantes do mundo dos negócios."Obrigada por dar à Colômbia a confiança para sediar o Fórum Econômico Mundial. Nesses últimos quarenta anos, é a primeira vez que se reúne na Colômbia", disse Álvaro Uribe ao fundador do Fórum, Klaus Schwab, durante a coletiva de imprensa que apresentou o evento.
A edição latino-americana do Fórum de Davos reúne em Cartagena mais de 500 empresários de 42 países, assim como os presidentes da Guatemala, Alvaro Colom; da República Dominicana, Leonel Fernández; do Paraguai, Fernando Lugo; e do Panamá, Ricardo Martinelli, convidados a refletir sobre os elementos que permitirão uma "recuperação sustentável" da América Latina.
Segundo o ministério colombiano de Comércio, dos 500 participantes, uma centena vem de companhias dos Estados Unidos, e aproximadamente 50 do Brasil, sede da edição sul-americana anterior. México, Argentina, Peru e Chile também contam com delegações numerosas.
Os participantes, convidados pelo governo boliviano a um jantar de boas-vindas nesta terça-feira, abordarão na quarta e na quinta-feira cinco temas: "população, democracia e governo", "liderança da economia verde", "oportunidades de cooperação", "caminhos para a recuperação econômica" e "redução da desigualdade".
Para a Colômbia, "este tipo de evento é muito importante", declarou à AFP o ministro do Comércio Exterior e Turismo, Luis Guillermo Plata.
"Permite trazer empresários do mais alto nível, gente influente que vai falar da Colômbia", declarou, ao reconhecer que quatro anos atrás teria sido "impossível" convencer os organizadores a escolherem o país - ainda vítima de um conflito armado envolvendo guerrilhas, paramilitares, traficantes e exército - para sediar o encontro.
O ministro reconheceu que a Colômbia deve consolidar sua "abertura a novos mercados" e "melhorar sua capacidade produtiva, tanto em produtos tradicionais como em serviços novos", assim como lutar contra a "desigualdade" na qual vivem seus habitantes - 46% deles na pobreza -, "gerando riqueza".