postado em 08/04/2010 10:02
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), iniciou abril com alta de 0,98%, resultado 0,12 ponto percentual maior do que o apurado no encerramento de março. Essa taxa é a mais elevada desde a segunda semana de fevereiro (1,04%).
[SAIBAMAIS]Dos sete grupos de despesas pesquisados, a taxa referente a alimentação foi a que mais pesou na inflação, ao subir de 2,60% para 3,11%. Entre os itens que mais influenciaram estão as hortaliças e legumes, cujos preços aumentaram 14,52%, ante 12,72%.
Isoladamente, o tomate apresentou a maior alta (46,66%), embora com decréscimo na comparação com a taxa da apuração anterior (51,15%). No caso da batata-inglesa, o índice passou de 12,31% para 12,69%; do pimentão, de 27,44% para 31,23%; e da cebola, de 10,36% para 15,33%.
Ainda no segmento alimentício, foram constatadas altas expressivas nos laticínios (de 3,55% para 4,57%), com destaque para o leite do tipo longa vida, que ficou 9,90% mais caro na comparação com o fechamento de março, quando a alta havia sido de 7,98%.
Os consumidores também estão pagando mais para cuidar da aparência (de 0,58% ante 0,36%), o que elevou a taxa do grupo saúde e cuidados pessoais para 0,49%, 0,10 ponto percentual acima do índice verificado na pesquisa anterior.
Três grupos apresentaram decréscimos: habitação (de 0,26% para 0,22%); educação, leitura e recreação (de 0,20% para 0,19%) e despesas diversas (de 0,17% para 0,10%).
Nos demais grupos foram mantidas as variações negativas: transportes, cuja taxa passou de -0,16% para -0,48%, e vestuário, com queda de 0,15%, porém, em processo de recuperação de preços, uma vez que a deflação havia sido mais intensa no levantamento anterior (-019%).