postado em 10/04/2010 09:16
A construtora OAS confirmou ontem a intenção firme de participar do leilão para construção e exploração da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), marcado para 20 de abril. A expectativa é que a empresa baiana reforce o grupo formado por Bertin e Alusa, que negociam a criação de um segundo consórcio para disputar o empreendimento com potência de 11 mil megawatts. Na semana passada, a licitação sofreu uma baixa com a saída de Odebrecht e Camargo Corrêa - as empresas alegaram não ter encontrado as condições econômico-financeiras para participar da contenda. Com a OAS e a Queiroz Galvão, o governo volta a vislumbrar a possibilidade de competição e até de deságio sobre o preço mínimo do megawatt/hora, fixado em R$ 83.
O anúncio do segundo consórcio confirmaria a tese do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, de que dois ou três consórcios deverão disputar o direito de construir e explorar Belo Monte. Segundo ele, o mais provável será a participação de dois concorrentes na disputa. "A OAS está participando efetivamente de negociações para integrar um dos consórcios que irá disputar o leilão da UHE Belo Monte", disse a construtora, em comunicado. Até agora, o único consórcio confirmado é o formado por Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim e Vale. Há ainda expectativas de que uma terceira construtora, a Serveng, do grupo Penido Soares, negocie participação em um dos consórcios de Belo Monte.
Fundos
A preocupação em garantir o sucesso do leilão levou o governo, na quinta-feira, a desistir de divulgar a lista das empresas que participarão do chamamento para a licitação. Na sequência, convocou os fundos de pensão de estatais para negociarem a entrada no novo consórcio, reforçando a concorrência.