Economia

Bernanke vê crescimento moderado e pede redução do déficit dos EUA

Agência France-Presse
postado em 14/04/2010 14:35
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, afirmou nesta quarta-feira (14/4) que prevê uma recuperação moderada para os Estados Unidos e pediu aos congressistas que tomem "decisões difíceis", mas que não podem ser adiadas, para reduzir o déficit do país. "Se o ritmo da recuperação for moderado, como antevejo, verá necessário muito tempo para recuperar os oito milhões e meio de empregos perdidos durante os dois últimos anos", declarou Bernanke diante do comitê econômico misto do Congresso. Abordando problemas como o déficit orçamentário americano, que poderá superar neste ano o montante de 1,415 bilhão de dólares do exercício 2008-2009, o chefe do banco central pediu aos congressistas que tomem medidas concretas para reduzi-lo. "Será necessário tomar decisões difíceis para enfrentar os problemas orçamentários do país, já que adiá-las apenas tornará as coisas mais difíceis", disse Bernanke. "Apesar de os déficits elevados serem inevitáveis no curto prazo, os líderes políticos devem atuar com determinação para colocar o orçamento federal em um caminho viável rumo ao equilíbrio, com o objetivo de manter a confiança da opinião pública e dos mercados financeiros", afirmou. Por outro lado, Bernanke disse que os Estados Unidos devem continuar pressionando a China para que esse país reavalie sua moeda, o yuan. "Penso que deveríamos continuar pressionando por mais flexibilidade" sobre a taxa de câmbio do yuan, declarou. "Acredito que seria de interesse da China que a taxa de câmbio de seu país fosse mais flexível e autônoma para que pudesse atacar as bolhas e a inflação no centro da própria economia", completou. O chefe do Fed advertiu, no entanto, não acreditar que a "cotação em si mesma possa ter um impacto importante no curto prazo, mas com o tempo incidirá" sobre o desequilíbrio comercial. Em relação à cotação atual do petróleo, Bernanke disse que "estamos em 85 dólares" e esse nível "não é uma ameaça séria para a recuperação" econômica.

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