postado em 16/04/2010 11:03
A última etapa da missão empresarial, coordenada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, acaba hoje (16/4) em Beirute, no Líbano. Para a maioria dos empresários, o país representa a porta de entrada para várias regiões do Oriente Médio e da África, nos setores de energia e construção civil. Apesar de ter um mercado interno pequeno, o empresariado controla setores específicos.
"Na minha área, é fundamental estar aqui porque os libaneses abrem as portas para a região. Eles têm uma infraestrutura invejável, detêm o conhecimento e, na maioria dos casos, o controle absoluto de alguns setores", disse Roberto Coelho, da Usiminas.
"No meu caso, o interesse está focado no setor de telecomunicações. Os libaneses são os responsáveis por essa área no que diz respeito aos geradores e às torres de celular", afirmou Vinícius Poit, da Poit Energia SA.
O Líbano já chegou a ser conhecido como a Suíça do oriente. O país teve uma das economias mais desenvolvidas da Ásia Ocidental. Porém, os conflitos armados internos e externos e o último deles, em 2006, com Israel afetaram de forma acentuada os cofres públicos e privados libaneses. O governo atua para estimular a estabilidade política e econômica do país e atrair investimentos estrangeiros.
Os libaneses se interessam principalmente pela compra de carne bovina, de bois e vacas vivos, café em grãos e carne de frango. Em exportações, o Líbano ocupa a 55ª posição entre os mercados de destino. Na importação, o Líbano se posicionou em 120º lugar.
O empresário Vinícius Leone, da Leone Equipamentos e Máquinas, disse estar entusiasmado com as perspectivas no Líbano. Segundo ele, seu foco são os postos de combustíveis, e o país têm investidores externos e internos expressivos. "As expectativas são as melhores possíveis porque há operadores mundiais atuando aqui e isso facilita muito para nós", disse.
Para o empresário Murilo Farias, da Eleva Brasil, que atua no ramo da construção civil, é fundamental ampliar as relações com os libaneses porque eles são os responsáveis pelo setor em que ele trabalha em várias regiões, como o Senegal. "Não se resolve nada no Senegal, sem a autorização dos libaneses. Então é importante estar aqui, ver como eles trabalham, o que podemos fazer juntos para avançar", disse.
A viagem dos empresários começou no último domingo (11) no Irã. Eles seguiram depois para o Egito e concluem hoje no Líbano.