O presidente Barack Obama defenderá uma reforma financeira com advertência de que sem a mesma os Estados Unidos estariam condenados a uma nova crise, e pedirá o apoio de Wall Street, segundo trechos do discurso que fará nesta quinta-feira (22/4) em Nova York.
"É essencial que aprendamos as lições desta crise, para que não estejamos condenados a repeti-la", afirmará Obama, de acordo com os trecho do discurso divulgados com antecedência pela Casa Branca.
"E não se enganem, isto é exatamente o que vai acontecer se deixarmos passar esta oportunidade de revisar o sistema de regulamentação dos bancos e outras instituições financeiras, tema que o Senado americano está para examinar, destacará o presidente.
No mesmo discurso, que deve começar pouco antes de 12h (13h de Brasília) em Cooper Union, uma universidade particular do sul de Manhattan, a poucas quadras de Wall Street, Obama pretende dar garantias aos investidores e afirmar que acredita no capitalismo e no poder do mercado.
"Acredito em um setor financeiro forte que ajude as pessoas a aumentar seu capital, a obter empréstimos e a investir suas economias. Mas um mercado livre não significa uma permissão para pegar tudo o que podem pegar, de qualquer maneira".
"Alguns em Wall Street esqueceram que por trás de cada dólar na Bolsa ou investido, há uma família que tenta comprar uma casa, pagar seus estudos, abrir uma loja ou economizar para a aposentadoria", cita o presidente.
"O que acontece aqui tem consequências reais em todo nosso país", recorda Obama, em referência à crise financeira de 2008, resultado dos excessos dos negócios arriscados no setor imobiliário.
Os Estados Unidos começam a se recuperar da crise, mas com um índice de desemprego ainda próximo dos 10%.
Mas Obama dirá ainda estar convencido que é do interesse de Wall Street cooperar com a presidência e o Congresso.