Economia

Meirelles considera conservadora projeção do FMI para o crescimento da economia brasileira

postado em 22/04/2010 20:03
Brasília ; O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (22/4), ao participar do Fórum Empresarial de Comandatuba, no litoral sul da Bahia, que a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) de crescimento de 5,5% para a economia brasileira neste ano está aquém do que a realidade do país projeta.

Ele comemorou o fato de o FMI corrigir a previsão de crescimento, que era de 4,7% no relatório anterior, para 5,5%, no relatório divulgado nesta quarta (21/4), mas destacou que a previsão ainda é conservadora. Ele lembrou que a estimativa do BC e da média de uma centena de economistas do mercado privado, ouvidos na última sexta-feira (16/4) pela pesquisa Focus, é de 5,8% para o Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas e serviços produzidos pelo país.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou que acredita pouco nas projeções, em especial quanto à estimativa do FMI para um PIB de apenas 4,1% no ano que vem. Ele disse que é ;cético com previsões de economistas;, principalmente quando vêm de fora, e não acredita que pressões inflacionárias possam provocar redução de mais de 1 ponto percentual na atividade econômica brasileira em 2011.

O Banco Interamericano de Recuperação para o Desenvolvimento (Bird), mais conhecido como Banco Mundial, também divulgou projeções que coincidem com as do FMI (crescimento de 5,5% para a economia brasileira neste ano e de 4,1% para 2011). Para a América Latina e o Caribe, coincidem as previsões. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), órgão das Nações Unidas, prevê recuperação de 4,1% para a região como um todo, liderada pelo Brasil, com aumento de 5,5% neste ano.

[SAIBAMAIS]O economista-chefe da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirmou que a reavaliação feita pelo FMI é natural e ;demonstra otimismo; com a recuperação da economia nacional. Ele acha normal que as projeções de organismos internacionais sejam mais baixas que as estimativas nacionais e lembra que a última avaliação da CNI, feita há três meses, também apontava para evolução de 5,5%.

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