Economia

CNI divulga na próxima semana projeção mais otimista para crescimento da economia em 2010

postado em 23/04/2010 13:07

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) deve divulgar na próxima semana projeções que mostram crescimento da economia próximo a 6% em 2010. É uma estimativa mais otimista do que a divulgada no início do ano, quando os industriais apostavam em alta de 5,5% para o Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, os números ainda estão passando por uma revisão, mas é praticamente certo que a projeção a ser divulgada ;será mais favorável;. Castelo Branco participa em Brasília da 33; reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

"Estamos fechando [as projeções] e provavelmente vamos ter no início desta semana próxima. Então, estamos levantando as últimas informações e acredito que estamos caminhando para um ritmo mais forte da economia. Talvez próximo a 6%".

Castelo Branco ressaltou que será um número abaixo de estimativas mais otimistas já que muitos analistas falam em índices superiores a 7%, muito acima do que prevê o governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de 5,2%.


"É um crescimento alavancado por uma forte demanda interna, de consumo e investimento, mas ainda assim sem uma contrapartida tão forte da parte externa".

Quanto às informações divulgadas pelo FMI de que os países emergentes correm o risco de superaquecimento, o economista disse que vê com naturalidade o fato, já que o fundo fez foi alertar para um ritmo um pouco mais forte de crescimento econômico.

"Se a gente analisar, as estimativas do FMI são bastante mais baixas ou na faixa de baixa, tanto do mercado doméstico quanto do mercado internacional". Segundo Castello Branco, isso mostra que o fundo está atento "a uma certa pressão da inflação", problema inerente ao crescimento.

Castello Branco lembrou que o Brasil tem posições de inflação mais altas do que a média mundial, o que para ele leva a concluir que o fundo não fez uma alerta, mas "uma chamada de atenção" para o problema. "Foi apenas um ponto a destacar, como o FMI sempre faz", disse.

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