Agência France-Presse
postado em 25/04/2010 18:16
WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI), os sócios europeus e a Grécia decidirão nos próximos dias se é necessário revelar a quantidade total de ajuda para o governo grego nos próximos três anos, informou neste domingo a ministra de Economia da Espanha, Elena Salgado.
"Se, finalmente, e isso é algo que vai ser discutido nos próximos dias, se entende que é melhor dizer desde o princípio qual é a quantidade total para esse programa de três anos, nós (do Eurogrupo) nos adaptaremos a esse calendário", declarou Elena a jornalistas no final de uma reunião semestral do FMI e do Banco Mundial (Bird).
A Grécia, que enfrenta uma crise por conta de sua alta dívida pública, teve de pedir publicamente na sexta-feira ajuda ao FMI e a seus parceiros europeus para conseguir fazer frente aos pagamentos.
A cifra de 45 bilhões de euros aportadas pela zona do euro e pelo FMI é apenas para o primeiro ano.
O fundo está concluindo seu relatório de condições para o governo grego, o qual o ministro da Economia, George Papaconstantinou, assegurou em Washington que o cumprirá a todo custo.
"O mais importante é que as autoridades gregas disseram que até 19 de maio não têm urgência em dispor dos fundos", afirmou a ministra espanhola, que preside atualmente o conselho europeu de ministros da Economia (Ecofin).
A Espanha poderá aprovar na próxima sexta-feira os 3,67 bilhões de euros que lhe correspondem no pacote de ajuda dos países da zona do euro (30 bilhões de euros), mediante um decreto de lei.
Salgado negou a possibilidade de que outros países possam desembolsar sua ajuda correspondente com condições diferentes.
"Não estamos dispostos a assinar um cheque em branco", afirmou por sua vez o ministro de Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, à emissora pública do país.
"Não vou falar pela Alemanha, a única coisa que posso dizer é que (o país) também se mostrou disposto a fazer sua parte" quando a ajuda foi acordada, indicou Salgado.