O resultado de março impulsionou as estatísticas do primeiro trimestre. Segundo a CNI, o nível de produção somou 55,5 pontos nos três primeiros meses de 2010, o melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2004. Em relação ao emprego, todos os setores apresentaram geração de postos de trabalho. O indicador atingiu 55,5 pontos no trimestre, o melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2004. O único setor com desempenho abaixo da média é a indústria de madeira, cujo nível de emprego cresceu no primeiro trimestre, mas abaixo do usualmente registrado para os três primeiros meses do ano.
Na avaliação da entidade, o primeiro trimestre representou a superação quase total da crise internacional. O crescimento, no entanto, está pressionando a capacidade instalada. Em março, a utilização da capacidade instalada atingiu 54 pontos em março, contra 48,9 pontos em fevereiro e 48,3 pontos em janeiro.
Apesar do uso mais intenso do maquinário e da força de trabalho, a CNI avalia que ainda não há risco de pressão inflacionária causado pelo descompasso entre a demanda e a capacidade de produção da indústria. No primeiro trimestre, a indústria trabalhou, em média, com 74% da capacidade instalada, próximo da média histórica de 73,9%. O valor é um ponto percentual abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2008, quando a indústria ainda não havia sido afetada pela crise.
A CNI também divulgou as expectativas para os próximos seis meses. O otimismo do empresariado se manteve, mas apresentou pequena redução. Em abril, o indicador somou 65,7 pontos, contra 66,1 pontos em março e 66,2 pontos em janeiro. Valores superiores a 50 pontos indicam expectativa de crescimento.
A pesquisa da CNI foi realizada com 1.227 empresas entre 5 e 15 de abril. Desse total, 677 são pequenas empresas, 367 médias e 183 grandes companhias.