postado em 30/04/2010 11:35
Brasília - O setor público registrou, pela primeira vez no ano, déficit primário de R$ 216 milhões em março, segundo informou nesta sexta-feira (30/4) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2009, foi observado superávit primário de US$ 7,929 bilhões.O superávit primário é a diferença entre as receitas e as despesas, excluídos os juros da dívida pública. Quando as despesas são maiores que as receitas, o resultado é déficit primário. Em março, o resultado negativo foi puxado pelo déficit primário de R$ 3,912 bilhões do governo central, formado pelo Tesouro, Banco Central e pela Previdência.
Os governos regionais ; estaduais e municipais ; apresentaram superávit primário de R$ 3,342 bilhões. As empresas estatais tiveram resultado primário também positivo de R$ 354 milhões.
No mês passado, os gastos com juros nominais somou R$ 16,857 bilhões, contra US$ 14,672 bilhões registrados em março de 2009.
Ao serem incluídos os gastos com juros, tem-se o resultado nominal. Em março, foi registrado déficit nominal de US$ 17,073 bilhões, ante US$ 6,743 bilhões observados no mesmo mês do ano passado.
De janeiro a março, o BC mostra que houve superávit primário de R$ 16,827 bilhões, contra US$ 18,810 bilhões em igual período de 2009. No trimestre, o governo central registrou superávit primário de US$ 8,925 bilhões e os regionais, de R$ 9,179 bilhões. As empresas estatais tiveram déficit nominal de R$ 1,276 bilhão.
Em 12 meses encerrados em março (resultado anualizado), o superávit primário é de R$ 62,535 bilhões, que correspondem a 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no país. A meta do governo para o ano é de 3,3% do PIB.
De janeiro a março, os gastos com juros nominais ficaram em US$ 44,979 bilhões. Nesse período, foi registrado déficit nominal de R$ 28,151 bilhões.
Dívida de R$ 1,3 trilhão
A dívida líquida do setor público chegou a R$ 1,366 trilhão em março deste ano, resultado que corresponde a 42,4% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no país. Na comparação com o mês anterior, houve elevação de 0,3 ponto percentual na relação com o PIB, comparada com a do mês anterior.
;Contribuiu para esse crescimento, além da incorporação dos juros nominais, a apreciação cambial de 1,7% registrada no mês;, informa relatório do BC.