Economia

Petróleo termina em alta após bons números do PIB dos EUA

Agência France-Presse
postado em 30/04/2010 18:38
Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira em Nova York, com o barril ganhando 87 centavos a 86,15, sustentados pelos números do crescimento americano e encorajados pela solidificação da ajuda financeira à Grécia.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho fechou em 86,15 dólares, uma alta de 98 centavos em relação a quinta-feira.

No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 54 centavos, a 87,44 dólares.

"O dia (em Nova York) começou com uma boa notícia, os números do PIB dos Estados Unidos, um indicador que permite prolongar a recuperação", disse John Kilduff, do Round Earth Capital.

O crescimento americano foi de 3,2% no primeiro trimestre de 2010 em ritmo anual, ligeiramente inferior aos 3,3% esperados pelo mercado.

"É o número perfeito para os partidários da subida do mercado do petróleo. Sólido para alimentar a esperança de que a demanda de petróleo vai melhorar, mas fraco para que necessariamente indique uma mudança na política monetária", atualmente muito complacente, estimou Phil Flynn, da PFG Best Research.

O componente emprego nos números de crescimento ofereceu informações importantes ao mercado do petróleo, mostrando uma estabilização dos salários e dos empregos, disse Kilduff.

"Isto se traduz em um aumento da demanda de gasolina", afirmou o analista.

Por outro lado, "o mercado está visivelmente convencido de que o salvamento (da Grécia) realizado pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional vai se concretizar", indicou Flynn.

A eurozona se prepara para aprovar neste final de semana pelo menos o início da ajuda à Grécia, durante uma reunião dos ministros das Finanças.

O preço do barril de petróleo caiu 1,76 dólar na terça-feira, em meio aos temores pelas dívidas soberanas na Europa, após o rebaixamento das notas da Grécia, de Portugal e, depois, da Espanha.

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