postado em 01/05/2010 13:26
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reagiu às críticas sobre a rigidez monetária do país. Ele disse que quando existe desequilíbrio no mercado com excesso de demanda, isso deve ser corrigido. Meirelles referiu-se ao aumento da taxa básica de juros, a Selic, que na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta semana, passou de 8,75% para 9,5%.;Ou o Banco Central corrige, e a grande vantagem é que tem piloto, ou a inflação corrige e esse é um sistema que a história do país provou ser o pior de todos e deletério (maléfico) para a sociedade, para os trabalhadores, para os empresários e a comunidade como um todo.;
As afirmações de Meirelles foram feitas logo após participar do Encontro do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) sobre a regulamentação do Artigo 192 da Constituição, que trata das normas do sistema financeiro.
O presidente do BC disse ainda que a estabilidade macroeconômica gerada pela busca persistente da meta de inflação criou previsibilidade no país, estimulou investimentos, a geração de empregos e a confiança nas perspectivas para os próximos anos.
Henrique Meirelles defendeu que seja qual for o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais saudável para a nação é manter a trajetória de queda da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que passou de 60% entre o fim de 2002 e o início de 2003 para os atuais 42%.
Estrangeiro foge da BM
Os investidores estrangeiros estão deixando o mercado acionário brasileiro. Desde o início do ano até 28 de abril, a diferença entre tudo o que foi comprado e o que foi vendido resultou em um deficit de R$ 1,14 bilhão. De acordo a Bolsa de Valores de São Paulo, em janeiro, as vendas dos não residentes superaram as compras em R$ 2,1 bilhões. No mês de fevereiro, continuou a diferença para menos em R$ 1,255 bilhão. O resultado ficou positivo em R$ 3,151 bilhões no mês de março. Mas abril foi um mês agitado. Com as más notícias da Europa, os investidores fugiram de lá e correram para os países emergentes. ;Principalmente o Brasil. Chegam, compram ações, a Bolsa sobe. Qualquer sinal de instabilidade, realizam o lucro, saem às pressas. A bolsa despenca. Vão em busca de segurança e compram dólar, aguardando novo ciclo de investimentos. Acontece com frequência. Por isso, o saldo negativo do investidor estrangeiro na BM de mais de R$ 1 bilhão em 2010;, explicou Ricardo Pinto Nogueira, diretor de operações da Corretora Souza Barros.