;Recebo o plano com alegria. Mas também com preocupação, porque precisamos implementar a eficiência e a transparência na gestão do uso dos recursos financeiros. Principalmente por envolver uma empresa estatal;, disse.
O CDI é uma ONG que, segundo o seu diretor executivo, tem o objetivo de promover as ações de inclusão digital em comunidades que não têm acesso à informática.
Baggio, que participou do grupo que discutiu e apresentou sugestões ao PNBL, defende que o governo adote a política de incentivos fiscais como estratégia para a internet rápida chegar às regiões mais remotas.
;Há formas melhores do que o uso de uma estatal. Os incentivos fiscais seriam uma alternativa [para despertar o interesse das operadoras nessas localidades]. Outro problema são os altos impostos que incidem sobre a banda larga;, avalia. ;É um plano ambicioso, mas poderia ser mais eficiente;, completou.
O diretor executivo do CDI também criticou a maneira como é administrado os recursos do Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust). ;Mais de R$ 10 bilhões estão contingenciados há mais de dez anos. Esse dinheiro poderia estar revolucionando o país, caso fosse aplicado na inclusão digital e na implantação da banda larga em todos os municípios;, disse.
Na avaliação de Baggio, as lan houses (lojas de acesso à internet) é que deveriam ter o ;papel de protagonista; no PNBL. ;Já existem mais de 109 mil empreendimentos desse tipo no Brasil, e eles são usados como acesso à rede mundial de computadores por 48% dos brasileiros. Nas regiões Norte e Nordeste este percentual sobe para 69%, mostrando que as lan houses são um tipo de negócio comunitário que se espalha fortemente pelo país, e que pode ajudar a fazer com que a internet chegue nos municípios mais remotos;, afirmou.