Agência France-Presse
postado em 09/05/2010 20:04
Bruxelas - Os ministros das Finanças da UE trabalhavam arduamente neste domingo para estabelecer um mecanismo financeiro sem precedentes para a zona do euro de até 600 bilhões de euros que poderá devolver a confiança na moeda única antes da abertura dos mercados mundiais nesta segunda-feira.
Reunidos de urgência em Bruxelas, os 27 foram convocados a aprovar um plano que evite uma crise da dívida soberana na zona do euro, devolvendo a calma às bolsas, que na semana passada desabaram, suscitando preocupação em todo o mundo.
Fontes diplomáticas adiantaram em um primeiro momento que o valor que os ministros pretendiam pôr à disposição dos países da zona do euro em risco de quebra seria de 500 bilhões de euros (638 bilhões de dólares).
Pouco depois essa soma foi elevada para 600 bilhões de euros (765 bilhões de dólares), segundo outras fontes.
Esse valor seria atingido somando-se aos 440 bilhões de euros que seriam concedidos pelos países europeus em forma de créditos bilaterais ou garantias, 100 bilhões de euros procedentes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e 60 bilhões de euros em empréstimos da Comissão Europeia.
Este plano sem precedentes pode ainda ser modificado pelos ministros das Finanças dos 27, determinados a tomar uma decisão sólida e crível, capaz de conter a crise de confiança na zona do euro que começou com a crise orçamentária grega e com o risco de contágio de países fortemente endividados, como Espanha e Portugal.
Até o momento, não se sabe se o plano de ajuda terá a participação dos 16 Estados membros da zona do euro ou dos 27 da União Europeia.