Economia

Petróleo fecha em baixa em NY, mas sobe em Londres

Agência France-Presse
postado em 11/05/2010 16:36
Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira (11/5) em Nova York, em uma sessão volátil, com um mercado que continua nervoso diante das dificuldades orçamentárias da zona do euro. No entanto, teve alta em Londres, mantendo-se acima dos 80 dólares.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação do "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em junho fechou em 76,37 dólares, uma queda de 43 centavos em relação à segunda-feira.

Por outro lado, no InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento teve alta de 37 centavos, para 80,49 dólares.

"O mercado petroleiro segue quase totalmente o mercado de ações", constatou Ellis Eckland, analista independente. "O principal temor para os operadores, o fator primordial que influi sobre os mercados de ações e de matérias-primas, é a situação na Europa".

As cotações do petróleo mudaram diversas vezes de direção durante o dia, assim como os índices de Wall Street, onde os investidores duvidavam do superpacote de emergência aprovado na madrugada de domingo na zona do euro.

O anúncio tinha permitido ao WTI recuperar 1,69 dólar na segunda-feira, depois de uma queda de cerca de 11 dólares nas sessões da semana passada.

"Apesar do acordo na União Europeia para ajudar os países europeus a enfrentar suas dívidas, os temores continuam e o mercado mantém a prudência", comentaram analistas do Barclays Capital. O plano "demonstra a determinação dos países da UE e do Banco Central Europeu (...). Dito isso, persiste a incerteza sobre sua eficácia e sobre se os empréstimos serão aprovados pelos parlamentos nacionais e, em consequência, se estarão disponíveis imediatamente", explicou.

No que se refere à demanda, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta do consumo mundial de petróleo em 85,38 milhões de barris diários, ou 900.000 barris diários a mais que em 2009. A Opep mostrou-se particularmente prudente em relação à demanda dos Estados Unidos durante o verão no Hemisfério Norte.

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