Economia

Emprego industrial avança

Oferta de vagas nas fábricas cresce pelo terceiro mês consecutivo, com salários maiores e mais horas trabalhadas

postado em 12/05/2010 08:52
A forte retomada da economia já se reflete em mais trabalho na indústria. Em março, o emprego fabril expandiu-se 0,7% ante fevereiro e 2,4% sobre o mesmo mês de 2009, o resultado mais expressivo desde agosto de 2008 (2,5%), quando o Brasil e o mundo ainda não haviam conhecido os efeitos da mais grave crise financeira dos últimos 80 anos. Foi o terceiro mês consecutivo de crescimento na oferta de postos no chão das fábricas, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta do emprego industrial neste início de ano veio acompanhada de melhores salários e mais horas extras para os trabalhadores. A folha de pagamentos real (que desconta a inflação) avançou 1,2% entre fevereiro e março. Em igual período, o número de horas pagas aumentou 1%. ;Vale lembrar que crescimento no número de horas pagas antecede, em geral, novas contratações na indústria;, analisou o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Resultados ainda mais fortes são vistos no confronto direto entre os meses de março de 2010 e de 2009. O indicador das horas pagas, por exemplo, avançou 3,7% no período, o maior percentual para o indicador desde fevereiro de 2008 (4,1%). Já a folha de pagamentos real, que apresentou alta de 5,6%, registrou o melhor desempenho desde setembro de 2008, quando havia marcado expansão de 7,7%. ;São taxas expressivas que colocam os indicadores do mercado de trabalho da indústria brasileira mais próximos dos seus níveis de setembro de 2008, quando houve o agravamento da crise internacional. Ou seja, o sinal é de que o emprego industrial vai bem com perspectivas positivas à frente;, reforçou o IEDI.

Outro ponto importante dessa melhora, assinalou o IBGE, é que ela foi disseminada. Quinze dos 18 ramos pesquisados registraram alta do emprego na comparação entre o terceiro mês deste ano e março de 2009. As variações mais expressivas ocorreram no segmento de têxteis (6,2%), máquinas e equipamentos (4,5%), produtos de metal (4,2%), calçados e couro (5,2%) e alimentos e bebidas (2,5%). Parte dos setores que lideraram o emprego no país também aparecem na dianteira das contratações da indústria de São Paulo, onde está o grosso do parque fabril. Foram os casos de alimentos e bebidas, com 4,7%, e têxtil, com 11,1%. Os números puxaram para cima as contratações na indústria paulista, que registrou alta de 2,7%.

Oferta de vagas nas fábricas cresce pelo terceiro mês consecutivo, com salários maiores e mais horas trabalhadas

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